Com o tema "Sentes compaixão?" e o lema "Sempre tereis pobres entre vós" (Mt. 14, 7), os católicos celebram, no próximo domingo (14), a 5.ª Jornada Mundial dos Pobres. A data é marcada por ações de solidariedade voltadas aos mais necessitados no mundo todo. A Diocese de Bauru promove arrecadação de alimentos não perecíveis entre os fiéis e a população. As doações poderão ser entregues durante as missas nas paróquias e capelas que integram a regional.
De acordo com o pároco da Igreja Santa Rita de Cássia e assessor eclesiástico do Setor Caridade, Milton César Carraschi, a data foi instituída pelo papa Francisco no encerramento do Ano da Misericórdia, em 2016, com o objetivo de chamar a atenção e levantar reflexões a respeito da existência da pobreza no mundo. "A pobreza não é algo natural. Ela é produzida pelo ser humano. E, se ela é produzida, ela pode ser acabada ou minimizada, basta terem vontade política de resolver esse problema. A data também visa praticar obras concretas ligadas às áreas da caridade e da misericórdia, no sentido de minimizar as dificuldades dos pobres", explica.
As missas seguirão sem alterações e as doações podem ser feitas durante as celebrações nas casas paroquiais de qualquer uma das 42 paróquias que compreendem a Diocese de Bauru. "Os alimentos podem ser entregues nesta semana ou na semana subsequente ao dia 14. Mas, estamos colocando como referência os dias 13 e 14. Depois, vamos distribuir para a população carente dos municípios que compõem a Diocese", detalha Carraschi.
NA CIDADE
O padre ainda ressalta que, mensalmente, são doadas, em média, 1,2 mil cestas básicas para as famílias cadastradas nas 26 paróquias de Bauru. Porém, para o coordenador do Setor Caridade da Diocese, José Eduardo Rubo, o número ainda precisa ser ampliado, porque está distante de atender à demanda de Bauru.
"Segundo dados da Sebes (Secretaria Municipal do Bem-Estar Social), 70 mil pessoas estão vivendo abaixo da linha da pobreza na cidade. Tem muita gente passando necessidade. Geralmente, cada família tem cinco pessoas. Com base nisso, seriam cerca de 14 mil famílias nessa realidade. Ou seja, 14 mil famílias precisando de cestas básicas. Existe um déficit muito grande. E a pandemia deixou tudo mais difícil. Tinha gente que era nosso colaborador e, hoje, pede doações de cestas", analisa Rubo.
Por isso, o coordenador ressalta a importância de realizar ações voltadas a minimizar as dificuldades dessa parcela da população, não somente no Dia do Pobre, mas também durante todo o ano.
Fonte: jcnet
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