O jornalista e cinegrafista americano Brent Renaud, de 50 anos, morreu e um outro profissional de comunicação ficou ferido após serem alvejados por tiros em Irpin, no extremo noroeste de Kiev, capital da Ucrânia, na manhã deste domingo, 13, onde o bombardeio russo foi intensificado desde o último sábado. De acordo com a polícia local, os dois homens foram atingidos enquanto se deslocavam de carro com um civil ucraniano, também ferido. O jornal “The New York Times”, onde Renaud trabalhou até 2015, confirmou a morte em uma publicação no Twitter, expressando tristeza e negando que ele estivesse em sua equipe na Ucrânia, como inicialmente foi divulgado na imprensa internacional.
“Estamos profundamente tristes ao saber da morte de Brent Raynaud. Brent era um cinegrafista talentoso que colaborou para o “The New York Times” ao longo dos anos. Embora tenha contribuído conosco no passado (mais recentemente em 2015), ele não foi designado para nenhuma atividade profissional do “The Times” na Ucrânia. Os primeiros relatos de que ele trabalhava para o “Times” circularam porque ele estava usando um crachá de imprensa que havia sido emitido para uma tarefa muitos anos atrás”, explicou o jornal. O governo dos Estados Unidos ainda não se manifestou sobre a morte de um cidadão americano na Guerra da Ucrânia.
Response from a New York Times spokesperson in regard to the death of Brent Renaud in Ukraine. pic.twitter.com/K11eW685yr
— NYTimes Communications (@NYTimesPR) March 13, 2022
Renaud era um documentarista conceituado e especialista em cobertura de guerras. Junto com seu irmão Craig, ele registrou conflitos no Iraque e no Afeganistão, os efeitos devastadores de um terremoto no Haiti, a violência dos cartéis de drogas mexicanos, entre outros eventos de grandes proporções mundiais. Os irmãos Renaud venceram o prêmio Peabody de melhor documentário em 2014, com “Last Chance High”, sobre uma escola de Chicago para jovens desajustados e em situação de vulnerabilidade.