A Justiça Federal do Paraná suspendeu um processo no Tribunal de Contas da União (TCU) contra o ex-procurador Deltan Dallagnol e outros integrantes da força-tarefa da Operação Lava-Jato. A ação cobra R$ 2,8 milhões dos investigadores, em restituição a valores gastos em viagens, diárias de hotéis e outros custos da operação. Para o juiz Augusto César Pansini Gonçalves, da 6º Vara Federal de Curitiba, o processo no qual Dallagnol é investigado é ilegal, já que ele não teria agido “como ordenador de despesas e nem sequer arquitetou o modelo de pagamento das diárias e passagens”.
O magistrado ainda criticou Bruno Dantas, relator do caso no TCU, afirmando que ele pareceu prejulgar o caso e atribuindo-lhe uma suposta falta de impessoalidade. O TCU havia determinado que os procuradores devolvessem os valores, e Dantas argumentou que houve prejuízo ao erário por causa de “atos de gestão ilegítimos e antieconômicos”. Nas redes sociais, Deltan Dallagnol comemorou a decisão, que classificou como uma vitória para os brasileiros que combatem a corrupção e que ele estava sendo perseguido. “Quando teve a decisão no STJ, a sociedade gritou ‘injustiça, injustiça’. A maré está virando”, celebrou, relembrando caso em que foi obrigado a indenizar o ex-presidente Lula por danos morais.
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