Nesta quarta-feira, 17, o programa Pânico recebeu o humorista Léo Lins. Em entrevista, ele falou sobre a ordem judicial que o proibiu de manter o seu show de comédia “Perturbador” nas plataformas digitais. “Tinha que remover o show em cinco dias. Por crimes de ódio e discriminação, eu peguei a lista de temas dos quais não se pode mais fazer piada. Entre o que já está valendo é isso, não posso me ausentar de São Paulo por mais de dez dias. Tenho que comparecer mensalmente em juizado para prestar esclarecimento das minhas atividades, é o que estou fazendo”, revelou. “Isso está como medida preventiva, aí eu estou proibido de manter, transmitir, divulgar, distribuir, encaminhar ou realizar o download de quaisquer arquivos de vídeo, imagem ou texto com conteúdo depreciativo ou humilhante”, explicou. Os temas envolvidos para a comédia de Lins estão raça, cor, etnia, cultura, religião e sexualidade. O humorista tem eventos marcados para a capital paulista e cidades no Rio de Janeiro nos próximos dias. Ele deverá realizá-los conforme as limitações da Justiça.
“Sobrou o homem branco hétero de meia-idade, o cara do Campari. Removi esse show, meu vídeo estava monetizado no YouTube. Já teve denúncia e não perdeu a monetização, continuava lá. Piada com branco hétero a mídia vende como transgressora”, disse Léo Lins. O comediante citou outros casos em que foi proibido de realizar shows em cidades do interior de São Paulo e presumiu que o seu conteúdo pode incomodar políticos. “Acho que pode ter a ver com políticos. Tinha um show marcado, publiquei um vídeo com piadas para divulgar. Duas pidas sobre a prefeitura e no dia seguinte o show foi cancelado com a justificativa de que era em prol de uma ONG de autistas que pediram para cancelar. Só que era muita coincidência. Às vezes é isso, usa essa justificativa. Fez a piada com capacitismo e o cara usa isso como escudo”, concluiu.
Fonte: jovempan
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