Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, líder da principal milícia da Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi transferido neste sábado (16) do Complexo Penitenciário de Gericinó para uma penitenciária federal em Mato Grosso do Sul. A transferência ocorreu em um esquema de segurança reforçado, com destino à capital sul-mato-grossense, Campo Grande. O comboio que levava Zinho saiu do Presídio Laércio da Costa Pellegrino, o Bangu 1, e seguiu pela Avenida Brasil até o Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio de Janeiro. Além de Zinho, Marcelo de Luna Silva, conhecido como Boquinha e comparsa do líder miliciano, também foi transferido para a mesma penitenciária federal.
A decisão de transferir Zinho e Boquinha partiu da 2ª Vara Criminal da Capital, atendendo a solicitação da promotora de Justiça Simone Sibílio. A promotoria argumentou que, devido à periculosidade do miliciano e à sua importância para a resolução de crimes em processos sigilosos, era necessário transferi-lo para uma prisão de segurança máxima em outro Estado. No ano passado, próximo ao Natal, Zinho se entregou na Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro, após um acordo com o delegado federal responsável por sua investigação, intermediado pela Secretaria de Segurança Pública. Além dos casos relacionados à atuação da milícia em diversas regiões, o miliciano possui informações cruciais sobre o suposto envolvimento de políticos com o grupo paramilitar.
Uma das investigadas por suposto envolvimento com a quadrilha é a deputada Lúcia Helena Pinto de Barros, conhecida como Lucinha (PSD). Em dezembro de 2018, a parlamentar foi alvo de uma investigação do Ministério Público do Rio e da Polícia Federal, que apontavam sua participação efetiva com a organização criminosa liderada por Zinho e seus irmãos. Lucinha nega qualquer envolvimento com a milícia.
Publicada por Felipe Cerqueira
Fonte: jovempan
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