Em entrevista à Jovem Pan News, o líder do Partido Liberal (PL) na Câmara, deputado Altineu Côrtes, descartou que a oposição tenha o intuito de reescrever a história das invasões e depredações à Praça dos Três Poderes ao promover a CPMI do 8 de Janeiro, instalada nesta semana. O parlamentar prevê um intenso debate na comissão para avaliar a conduta das autoridades: “Óbvio que vai haver um embate técnico muito forte dessas narrativas. Mas nós não podemos fugir dos fatos e responsabilidades”. Tomando como base o depoimento do o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, o deputado argumenta que houve omissão daquele que deveria ser o responsável pela segurança do Palácio do Planalto: “Por que ele, que era responsável por proteger o Palácio, homem apelidado de ‘sombra’ do presidente Lula, que já tinha trabalhado de 2002 a 2010, durante oito anos, por que ele não tomou providências? Ele disse que no dia 7, o dia interior, teve conhecimento de um grande incremento de ônibus chegando a Brasília”.
O ex-ministro pediu demissão após a divulgação de imagens nas quais aparece sem reação nenhuma às invasões. “Ele disse que houve um apagão no sistema de segurança. O dia 8 é responsabilidade do presidente Lula, dos seus ministros. O que antecedeu o dia 8, e quem estava ali em uma maldade e que apoiou o Bolsonaro, todos tem que pagar a conta. Mas eles não podem transferir a responsabilidade do acontecimento do dia 8 para ninguém, porque os responsáveis eram eles”, afirmou o deputado. Côrtes ainda destacou o acordo entre PL e PT para que ambos os partidos não comandem os postos chaves da CPMI. A relatoria deve ficar com um senador e a presidência com um deputado. Nos bastidores, o nome mais cotado para comandar a CPMI é o de Arthur Maia (União Brasil).
Fonte: jovempan
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