O deputado federal Arthur Lira (PP-AL) foi reeleito presidente da Câmara dos Deputados. Em votação recorde nesta quarta-feira, 1º, o parlamentar conquistou o apoio de 464 dos 513 deputados. Historicamente, as eleições para a presidência da Casa com o maior apoio a um único candidato ocorreram em 1991 e 2003, quando, respectivamente, Ibsen Pinheiro (MDB-RS) e João Paulo Cunha (PT-SP) conquistaram 434 votos. A sessão legislativa desta quarta foi presidida pelo deputado federal Átila Lins (PSD-AM), parlamentar com maior número de mandatos entre os eleitos. Além de Lira, disputavam o cargo os deputados Chico Alencar (Psol-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS), que anunciou sua candidatura na tarde desta terça-feira. Alencar e Van Hattem receberam, respectivamente, 21 e 19 votos, com cinco escolhas em branco.
Em seu discurso antes da votação, Arthur Lira iniciou sua fala afirmando sobre a ciência de que, ao dispor seu nome para uma candidatura de reeleição, será julgado pelo que ajudou a construir e nas expectativas que seu grupo têm para os próximos anos. “Aqui, os sonhos e desejam ganham, depois de muitas discussões, a forma de lei que fazem do Brasil um lugar melhor para se viver”, disse. Em seguida, o expoente do Centrão elencou feitos de sua gestão à frente da Casa e das 347 sessões ocorridas, nas quais foram aprovadas 92 Medidas Provisórias, 85 decretos legislativos, 15 emendas Constitucionais em primeiro turno, 24 emendas em segundo turno e 223 projetos de lei. “Votamos uma quantidade recorde de projetos de iniciativa dessa Casa. Asseguramos uma cesta de benefícios sociais e oferecemos à economia mecanismos de sustentação e reação que foram fundamentais para a recuperação do país”, considerou Lira. O deputado também relembrou que partiu do Legislativo o aumento no auxílio emergencial de R$ 600 durante o auge da pandemia da Covid-19.
“Foram R$ 13,5 bilhões injetados na economia. Esta mesma Casa ouviu o mercado quando votou a autonomia do Banco Central, quando aprovou o Marco do Saneamento, e ao tornar o Pronampe um programa permanente de crédito às micro e pequenas empresas”, bradou o político. A votação ocorreu por meio secreto e eletrônico, como prevê o regimento interno da Câmara. O político alagoano rechaçou qualquer possibilidade de exercer um mandato de insubordinação ao governo Executivo, mas com um pacto civilizado para avanço de políticas públicas. “Inclusive, faço a defesa firme do nosso sagrado direito à liberdade de expressão, desde que isso não represente uma ameaça ao único regime que nos concede esse regime, que é a nossa democracia”, pontuou. Entre as principais atribuições do presidente da Câmara, estão: dar início ao processo de impeachment de um presidente da República, conceder e retirar a palavra dos deputados federais no plenário; convocar, suspender e encerrar as sessões legislativas; definir quais serão as pautas de votações e os questionamentos regimentais; além de substituir o presidente da República na ausência do vice-presidente.
Em uma disputa que tomou conta do debate público e pautou as redes sociais nos últimos dias, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Rogério Marinho (PL-RN) disputaram a presidência do Senado Federal. Antes do pleito, o político mineiro que buscava a reeleição viu uma campanha sólida do ex-ministro do governo Bolsonaro, com apoio de uma parcela da sociedade civil que passou a pressionar os parlamentares pela votação no representante do Partido Liberal. Após a cerimônia de posse, os senadores eleitos e os que integrarão por continuidade dos oito anos de mandato a 57ª legislatura foram à urna para escolher o próximo comandante da Casa Alta do Legislativo. A contagem inicial dos votos mostrou um cenário polarizado, com os primeiros 20 votos sendo divididos igualmente entre ambos os candidatos. Pacheco, então, abriu leve vantagem e conduziu sua vitória com o apoio de 49 senadores. Marinho, por sua vez, foi o escolhido de 32 congressistas. Em seu discurso de vitória, Pacheco destacou a criação da Comissão de Segurança Pública, programas de assistências sociais e aprovações durante a pandemia de Covid-19, como a aquisição das vacinas: “Muitos projetos foram aprovados e digo com segurança: O biênio mais produtivo desde a redemocratização”.
Fonte: jovempan
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