O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez críticas à visão de que despesas com educação, saúde e programas sociais para os mais pobres são consideradas “gastos”. De forma irônica, ele destacou que no Brasil tudo é tratado como gasto, exceto o superávit primário, definido por ele como investimento para equilibrar as contas públicas. Essa declaração de Lula ocorre em meio a um intenso debate entre economistas sobre o desequilíbrio das contas públicas e as mudanças nas metas fiscais do governo para os próximos anos. O ajuste fiscal liderado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem sido criticado por focar mais no aumento das receitas do que no corte de gastos.
As críticas de Lula colocam ainda mais pressão sobre Haddad, que enfrenta resistência para aumentar a arrecadação e zerar o déficit nas contas públicas. As mudanças nas metas fiscais, como a transição de superávit para déficit zero em 2025, levantam dúvidas sobre a capacidade do governo de entregar resultados positivos. Um ajuste fiscal baseado apenas no aumento da arrecadação pode ter impactos negativos a longo prazo na economia, com menos investimentos e crescimento reduzido do PIB. Economistas alertam que o controle de despesas é fundamental para evitar um aumento excessivo da carga tributária e garantir um ambiente propício para investimentos. O governo tem encontrado dificuldades em lidar com as questões mais significativas do processo orçamentário, o que pode comprometer a estabilidade econômica no futuro.
Publicada por Felipe Cerqueira
Fonte: jovempan
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