22 de Novembro de 2024

Lula provoca Ciro em ato no Rio e diz que Brizola estaria ao seu lado nas eleições


VINICIUS LIMA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Em uma indireta ao ex-ministro Ciro Gomes (PDT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, neste domingo, 25, que Leonel Brizola, fundador e o maior líder da história do PDT, estaria ao seu lado nesta campanha. “Estou vendo aqui o neto do Brizola, o Leonel. Se o Brizola estivesse aqui, o Brizola estava junto conosco aqui pedindo ‘fora, Bolsonaro’. Eu tenho certeza disso, eu tenho certeza absoluta que o Brizola estaria do nosso lado”, disse o petista no ato na quadra da Portela, em Madureira, na zona norte do Rio de Janeiro, ao lado do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD). Brizola disputou três eleições presidenciais, uma delas como vice de Lula, em 1998. Em todas as ocasiões, foi derrotado. A declaração ocorre no momento em que o PT faz uma ofensiva em busca do voto útil, a fim de vencer a eleição presidencial ainda no primeiro turno, marcado para o dia 2 de outubro. “Lula é maior do que qualquer quadro político do Rio de Janeiro e é maior do que qualquer político brasileiro. Meus filhos, de 18 e 16 anos, perderam a crença no Brasil, perderam a esperança no futuro. A gente só pode resgatar a esperança no Brasil e no futuro se a gente eleger o Lula presidente do Brasil”, disse Paes.

No comício, Lula voltou a pedir que a militância converse com os indecisos e trabalhe para garantir o comparecimento dos eleitores às urnas. Como a Jovem Pan mostrou, o comitê da campanha avalia que, se houver um alto índice de abstenção, a eleição não será decidida no próximo domingo. No ato da manhã do sábado, 24, no Grajaú, na Zona Sul de São Paulo, o ex-presidente já havia pregado contra a abstenção. O tom foi mantido na quadra da Portela. “Nesses próximos dias, a gente vai ter que procurar pessoas indecisas ou que vão se abster de votar. Aquelas pessoas que chegam no dia da eleição, de manhã, pegam o carro e vai para algum lugar e não quer votar. Ele é o rebelde. Na verdade, não tem rebeldia nesse gesto, é falta de sintonia com a realidade que estamos vivendo”, afirmou. O ex-presidente também disse suspeitar que seu principal adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem chamou de “maluco”, possa dificultar a votação. “Esse maluco que está lá é capaz de fazer com que muitas empresas tirem ônibus de circulação para o povo não ir votar. E a gente vai ter que votar a pé, se for necessário. A gente vai ter que votar de qualquer jeito, porque nós precisamos tirá-lo de lá”, acrescentou.

Afago a Eduardo Paes

Ao final de seu discurso, permeado por críticas à condução de Bolsonaro no enfrentamento da pandemia de Covid-19 e aos decretos que facilitaram o acesso às armas, pela promessa de revogar o teto de gastos em seu eventual terceiro mandato, Lula fez um afago a Eduardo Paes. “Acabo de eleger o Eduardo Paes o melhor filiado do PSD e o meu melhor aliado”, disse. A declaração foi feita após o ex-presidente afirmar que convidou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, a participarem de um comício em Minas Gerais, e os dois terem negado. Em Minas, segundo maior colégio eleitoral do país, Lula apoia a candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) ao governo do Estado – ele tenta desbancar o atual governador, Romeu Zema (Novo), que lidera as pesquisas de intenção de voto e pode ser reeleito no primeiro turno. “[O Kalil] É o único candidato a governador que o Kassab tem, convidei para ir e ele não quis ir. Convidei o Pacheco, que é o senador de Minas Gerais: ‘cara, vamos para Minas. Você não tem que falar o meu nome, fala só o nome do Kalil’. Eu acabo de eleger o Eduardo Paes o melhor filiado do PSD e o melhor aliado meu”, disse o petista.

Debate da TV Globo 

No ato deste domingo, Lula também disse que vai participar do debate entre presidenciáveis da TV Globo, na quinta-feira, 29, o último antes do primeiro turno. Na noite do sábado, o petista não compareceu ao evento promovido pelo SBT, pela CNN, pelo jornal O Estado de S. Paulo, pela revista Veja, pela rádio Nova Brasil FM e pelo portal Terra e foi criticado pelos adversários, que o chamaram de “covarde”. “Eu quero ir no debate [da TV Globo] não porque eu quero conversar com eles. Eu quero aproveitar o espaço da televisão para conversar com vocês”, iniciou. “Os debates estão ficando difíceis porque tem pouca gente com condições de disputar as eleições e eu vou lá disputar com cinco que só têm um objetivo: me atacar”, acrescentou.

Fonte: jovempan

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