De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE (Pnad Contínua), 38,7 milhões de brasileiros vivem em lares sem empregos, ou seja, em que nenhum integrante da família está empregado, nem mesmo informalmente. Tal dado corresponde a 17,9% da população brasileira em 2021. Ainda de acordo com o IBGE, isso significa que milhões de brasileiros vivem com rendas assistenciais. A pesquisa cita uma família com dois integrantes no Rio de Janeiro, uma mãe de 47 anos que é diarista e está há dois anos sem trabalho e um filho que trabalhava como pizzaiolo e está desempregado há dois meses. Tal situação é a comum e fica ainda mais grave nas principais capitais do país, especialmente na região Nordeste. O levantamento revela que boa parte das famílias gastaram as últimas economias para manter a alimentação e hoje vivem de bicos ou ajuda de terceiros. Além disso, a pesquisa aponta que a maioria dos empregos formais são criadas para tarefas não repetitivas e que exigem maior capacidade de negociação e análise. A partir desse cenário, caem no desemprego pessoas com poucas habilidades e sem formação no Ensino Médio, que nasceram entre 1970 e 1980 sem assistência social e acesso ao ensino superior. Principalmente no Nordeste e nas zonas interioranas do país, boa parte das famílias precisam esquentar a comida em fogões à lenha e têm pouco ou nenhum acesso ao mercado de trabalho.
Fonte: jovempan
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