Mais duas metralhadoras furtadas do arsenal de São Paulo, em meados de setembro, em Barueri, foram localizadas na madrugada desta quarta-feira, 1º, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada no início da manhã pelo Exército e a Polícia Civil do Rio. Com a apreensão, 19 das 21 armas levadas foram recuperadas. Outras duas seguem extraviadas. Nesta terça-feira, 31, o Exército e a Polícia Militar (PM) do Estado de São Paulo realizaram uma operação conjunta em Guarulhos, em busca das últimas metralhadoras furtadas. De acordo com os militares, a diligência, autorizada pela justiça militar, aconteceu de maneira integrada por militares da Polícia do Exército, tropa especializada do Comando Militar do Sudeste, e equipes do Comando de Operações Especiais. A inciativa contou com cerca de 45 agentes do Exército e PM e oito viaturas especializadas na região do Jd. Vila Galvão, conforme informaram as autoridades ao site da Jovem Pan. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em residências suspeitas de guardar o armamento. Outras 17 metralhadoras já tinham sido recuperadas. Seis militares são investigados por suspeita de envolvimento direto com o furto para que os armamentos fossem negociados com facções criminosas.
O Exército já puniu administrativamente 17 militares do Arsenal de Guerra de São Paulo (AGSP), entre oficiais e praças, por falha de conduta e erro de procedimento nos processos de fiscalização e controle de armamento. As sanções aplicadas foram de 1 a 20 dias de prisão, à luz do Regulamento Disciplinar do Exército. Na terça-feira passada, 24, o órgão informou que nenhum militar está aquartelado. Todos cumprem o expediente normalmente. A liberação, segundo o CMSE, ocorreu em virtude da evolução das investigações. “No contexto da apuração criminal, os possíveis crimes cometidos, à luz do Código Penal Militar, são: furto; peculato; receptação; e desaparecimento, consunção ou extravio. A qualificação dos crimes compete ao Ministério Público Militar”, disse o CMSE. Um Inquérito Policial Militar está em curso.
Após o ocorrido, o Exército anunciou a nomeação do coronel Mário Victor Vargas Júnior como o novo diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo. O tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista foi exonerado do cargo após o furto. De acordo com informações fornecidas por oficiais que acompanham o caso, acredita-se que o roubo tenha ocorrido durante o feriado do Dia da Independência, em 7 de setembro, quando o quartel estava com baixo efetivo. As metralhadoras furtadas incluem 13 de calibre .50 (antiaéreas) e oito de calibre 7,62.
Os militares que estavam de plantão durante o feriado estão entre os suspeitos, e o Exército pretende tomar medidas disciplinares internas contra os responsáveis pelo controle do armamento, que só perceberam o furto mais de um mês após o ocorrido. O Exército afirma que as 21 metralhadoras furtadas estavam “inservíveis” e aguardavam manutenção no depósito de Barueri. O secretário de Segurança Pública de São Paulo (SSP), Guilherme Derrite, disse que as metralhadoras apreendidas em São Roque, no interior paulista, seriam negociadas com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e com o Comando Vermelho (CV), as duas maiores facções criminosas do país.
Fonte: jovempan
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