O ex-secretário de Cultura Mario Frias foi o convidado do programa Pânico desta terça-feira, 11. Eleito deputado federal por São Paulo, o polÃtico comparou a gestão do atual governo federal com mandatos petistas. “A gente tem que lembrar dos governos passados. O grande problema não está na lei, o mecanismo é muito bom. Não eram as leis que eram ruins e os ministérios equivocados. Era quem estava sentado nas cadeiras. O objetivo nunca foi trazer benefÃcio para a população”, disse. Frias demonstrou estar preocupado com a forma como a criminalidade é tratada no plano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e questionou o seu legado para as crianças do paÃs. “Têm algumas coisas que me chocam muito, ter um ex-presidente que vai na televisão e diz: ‘Não aguento mais ver um jovem ser espancado porque roubou um celular’. Ou você ensina o que é certo ou o que é errado, se relativizou e acabou com a sociedade. Além de tudo, a gente precisa mostrar para nossas crianças que há um exemplo moral, que tem preocupação em benefÃcio para a população. Isso é muito sério. Colocar um cara condenado em três instâncias para concorrer a uma eleição em uma manobra jurÃdica já é um exemplo asqueroso para o Brasil. Esse cara não podia estar concorrendo a cargo nenhum”, acrescentou.
Mario Frias comparou a sua vida como ator com a de secretário de Cultura. Para ele, a rotina e o estresse em BrasÃlia podem ter cooperado para os dois ataques cardÃacos que sofreu neste ano. “Tive dois infartes, é um negócio inacreditável, uma pressão no peito absurda. O segundo foi algo que não desejo para ninguém, mas eu estou bem, graças a Deus. Estou feliz. A vida de Brasilia é uma coisa que eu não estava acostumado. Tive uma vida muito bacana, nunca tive problema com imprensa, pelo contrário, sempre tive uma relação positiva. Vivo de TV há 25 anos”, contou. “Também acho que foi querer abraçar tudo de uma vez só e ali não tem condição, são mais de cinco mil pessoas trabalhando na minha liderança. Isso foi algo que cobrou um preço alto. A pancadaria começou porque eu falei o que eu penso. A democracia para algumas pessoas é se você diz amém e concorda com tudo. Eu nunca tinha falado de polÃtica antes da eleição do presidente, mas isso não significa que eu não tinha minhas convicções. Sobrevivi em um meio hegemônico de esquerda e isso me cobrou um preço caro”, seguiu.
O ator agradeceu pelos votos que recebeu em sua candidatura pelo PL e mencionou o incentivo do presidente Jair Bolsonaro. “Não tenho histórico polÃtico, nenhum tipo de contato polÃtico, minha vida polÃtica veio pelo presidente, pela confiança que ele depositou em mim”, disse. Frias ainda associou o crescimento do bolsonarismo com os fenômenos comerciais da televisão, como novelas e reality shows. “Um ponto para a gente observar: se você dizer que novela não é cultura brasileira, você não é do Brasil. Parava o Brasil e a gente sabe disso. Essa indústria perdeu muito com o governo Bolsonaro, vamos falar a verdade. Você pegou um governo que preferiu não alimentar as narrativas e partir para o trabalho efetivo. As novelas passaram a perder o Ibope para o reality [show]. Mostra que a população já não estava mais comprando narrativas. ‘Opa, quero ver o que é de verdade’. Nisso, com uma distância de tempo, você tem o presidente Bolsonaro”, concluiu.
Fonte: jovempan
Utilizamos cookies próprios e de terceiros para o correto funcionamento e visualização do site pelo utilizador, bem como para a recolha de estatÃsticas sobre a sua utilização.