16 de Junho de 2024

Medo de sair e interagir? Saiba como driblar a ansiedade social


Com o número de mortes por Covid-19 em queda e o avanço da vacinação, muita gente que estava restringindo a ida a locais de socialização volta a frequentar bares, cinemas, shows e restaurantes. Porém, nem todos se sentem confortáveis em interagir como antes, e visitar os antigos lugares de convívio social tem gerado um quadro de ansiedade. Por isso, é importante saber como agir para tentar retomar a normalidade dentro dos padrões atuais. As informações são da Agência Einstein.

O fenômeno não é raro e foi acentuado com os longos períodos de isolamento dos últimos dois anos, de acordo com Ana Paula Carvalho, mestre em psiquiatria pela Escola Paulista de Medicina da Unifesp. Além de uma sensação de "não quero estar aqui", a pessoa tende a manifestar sintomas de dor, sofrimento e mesmo características semelhantes às de uma crise de ansiedade e estresse. Também pode surgir, em conjunto, uma fobia social, na qual o indivíduo não sabe mais lidar com as pessoas ao seu redor.

"O isolamento pode ter gerado uma repulsa, justamente pela pessoa ter vivido eventos traumáticos",  explica Ana Claudia Zani Ramos, psicóloga e especialista em neurociência e comportamento pela Universidade Mackenzie.

Uma das formas mais graves é chamada de síndrome da cabana. Embora não seja classificada como uma doença, é um fenômeno que provoca um medo intenso relacionado à interação com as pessoas. Atualmente, o transtorno está relacionado ao medo de sair de casa, e a pessoa sente dificuldade em tomar esse passo sozinha. Sintomas de agressividade e pânico estão associados. "Ela perde a noção de tempo e tem uma desorientação", complementa Claudia.

Com a pandemia, os sinais podem se relacionar com o cuidado excessivo com limpeza e outras medidas sanitárias. Por meio da psicoterapia, é possível realizar exercícios e outras atividades que permitam normalizar o convívio social de forma leve e natural. O médico pode ainda receitar ansiolíticos e outros medicamentos para diminuir os sintomas comportamentais, caso necessário.

> Compare seus comportamentos

Se o medo e desconforto causam prejuízos no dia a dia da pessoa, ela pode ser diagnosticada com ansiedade social ou mesmo síndrome da cabana. Uma das formas de perceber o problema é comparar o comportamento antigo com o atual.

Se no passado a pessoa era mais extrovertida, gostava de sair e não tinha problemas com isso, e hoje é introspectiva e tem dificuldade em se relacionar com outros, pode ser um indicativo dos transtornos.> Crie uma rotina

Para reverter o quadro, a primeira iniciativa é criar uma rotina - mesmo que dentro de casa - como se fosse sair para o trabalho ou outras atividades sociais. Também é fundamental rever amigos ou pessoas próximas, ainda com os cuidados que o momento atual da pandemia demanda.> Procure ajuda

Recomenda-se também procurar ajuda de médicos psiquiatras e psicólogos para desenvolver um tratamento mais adequado.

> Compreenda a situação 

É importante compreender quais são as situações que são angustiantes para você e descobrir formas de amenizar esse quadro. Especialistas indicar prestar atenção nos sinais do corpo e, caso os sintomas dure por mais de três meses, peça ajuda de um profissional do ramo. Para controlar os sintomas iniciais, o ideal é fazer um exercício físico que você goste de fazer, alimentação saudável, uma boa noite de sono e o mais importante: terapia.

> Procure estímulos 

Escreva o que está passando pela sua cabeça em um papel ou comprar um calendário e marcar um X assim que o dia acabar, a fim de acalmar e ver que as datas mais esperadas estão se aproximando, funcionando como um estímulo.



Fonte: JC Net

Fonte: jcnet

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