22 de Novembro de 2024

Mesmo proibido, comércio de cigarro eletrônico ocorre sem restrições em SP


Banco de imagens/Pixabay

O cigarro eletrônico é proibido no Brasil. Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu por votação unanime pela restrição do item no mercado interno após analisar os impactos à saúde, toxicidade e pesquisas internacionais sobre o tema. A Anvisa também defende maior fiscalização e campanhas educativas sobre os malefícios e impactos à saúde. Entretanto, parece o contrário, que existe autorização e total liberdade para compra e venda de cigarro eletrônico no país. Nada é escondido. Basta buscar nas ruas e lojas do centro de São Paulo. É possível comprar até no atacado. Tem pronta entrega, kit para consumidores iniciantes, intermediários e avançados. O preço cobrado está na casa dos R$ 70 no varejo e R$ 65 no atacado, mas há aparelhos mais baratos, de R$ 15.

Apesar da proibição, chega a ser contraditório a proibição do cigarro eletrônico e a manutenção do cigarro tradicional, com filtro. Para o médico pneumologista João Paulo Lotufo, os dois são péssimos para a saúde. “Os dois são ruins. O cigarro tem quase 70 substâncias cancerígenas. No cigarro eletrônico, ele tem uma substância, o material que vaporiza a nicotina no sinal eletrônico é cancerígeno, porque tem metais pesados. E os sabores que põe no cigarro eletrônico são responsáveis por pneumonia lipídica, ou seja gordura no pulmão. Então, cigarro eletrônico é cigarro. Ambos produzem a dependência da nicotina”, explica o médico. Lotufo atua sobre a questão das drogas na Sociedade Brasileira de Pediatria e no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP). “No Código Internacional Doenças, quem fuma é dependente de uma droga chamada nicotina. O cigarro eletrônico mantém essa dependência. Aliás, piora essa dependência, porque o cigarro eletrônico pode ter até 15 vezes a quantidade de nicotina de um cigarro normal”, argumenta.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos


Fonte: jovempan

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