22 de Novembro de 2024

Milton Ribeiro diz que renegociação do Fies não é ‘incentivo ao calote’


O ministro da Educação, Milton Ribeiro, negou nesta quinta-feira, 10, que a proposta de renegociação de débitos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) seja um “incentivo ao calote”. “Não posso acreditar que alguém que tem o mínimo de caráter deixa de pagar propositalmente para que possa ter perdão no futuro. Peço então que todos os inadimplentes procurem se informar, se empenhem e se programem para fazer a quitação de suas dívidas”, afirmou. A taxa de inadimplência do fundo de financiamento estudantil chega a 51,7%, somando R$ 9 bilhões em prestações não pagas de estudantes que entraram no Fies até o segundo semestre de 2017. Com o programa de renegociação, mais de 1 milhão de alunos poderão renegociar débitos a partir de 7 de março. Quem tem débitos vencidos há mais de 90 dias terá desconto de 12% no valor. O pagamento à vista vai garantir desconto de 100% nos encargos e os alunos também poderão parcelar os débitos em 150 vezes, o que equivale a 12,5 anos, sem descontos.

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou que o processo pode ser feito de forma online até o fim de agosto. “É muito importante corrigir problemas do passado. A inadimplência já era muito elevada antes da pandemia. Com a pandemia se ampliou, mas o ponto mais importante é que é uma dívida do Brasil com 1,2 milhão de estudantes que está sendo paga pelo governo”, ressaltou. Dos 2,4 milhões de contratos ativos formalizados até 2017, mais de 2 milhões estão na fase de quitação, com saldo devedor de R$ 87,2 bilhões.

O presidente Jair Bolsonaro reforçou que a Medida Provisória da renegociação pode ser aperfeiçoada pelo Congresso Nacional. “Vai tirar essa turma da inadimplência e vai recolocar, no mercado, pessoas aptas a buscar bancos, tocar o seu negócio para frente. Dei a dica para deputados e senador, pode aperfeiçoar esse projeto dentro do parlamento”, disse o mandatário. A dívida dos estudantes com o Fies somam até R$ 50 mil e o pagamento da primeira parcela, com valor mínimo de R$ 200, vai limpar o nome dos alunos dos cadastros de crédito.

*Com informações da repórter Katiuscia Sotomayor


Fonte: jovempan

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