Após a invasão de uma terra da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no Estado de Pernambuco, no último final de semana, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, criticou as ações promovidas pelo Movimento Sem Terra (MST) na retomada do Abril Vermelho e considerou que há outras formas de lutar pela reforma agrária. Padilha também disse que as ações do MST não podem prejudicar o apoio da bancada ruralista a pautas consideradas importantes para o governo, como marco fiscal e a reforma tributária. O ministro ainda lembrou que a agricultura familiar é muito importante para a gestão Lula e que ela luta para viabilizar economicamente assentamentos rurais. “Eu condeno veementemente qualquer ato que danifique processos produtivos, áreas produtivas, que não é a melhor forma de lutar por qualquer coisa. Eu condeno veementemente qualquer atitude que possa atrapalhar a produção”, disse Padilha nesta terça-feira, 18.
Em nota, a Embrapa repudiou a invasão de sua terra e disse que a ação atinge áreas de preservação de caatinga, além de danificar a vida de animais que estão ameaçados de extinção. No texto publicado no site da estatal, ela afirma que as terras são produtivas e que, por isso, vai tomar medidas cabíveis para o caso. A empresa ainda disse que as terras invadidas são de patrimônio do governo brasileiro e de uso exclusivo da Embrapa, que utiliza essa área para o desenvolvimento de pesquisas e geração de tecnologias destinadas à melhoria da qualidade de vida das populações rurais. Desde o início do mês, contanto com o terreno da Embrapa, o MST já invadiu ao todo nove fazendas apenas em Pernambuco.
*Com informações da repórter Letícia Miyamoto
Fonte: jovempan
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