22 de Novembro de 2024

Moradores cobram revitalização de comunidades de SP cadastradas no PIU


Reprodução/Jovem Pan News

Desde 2018, moradores das favelas do Nove e da Linha, comunidades localizadas próximas ao Ceagesp, na Zona Oeste de São Paulo, foram cadastrados e aguardam a conclusão do Programa de Intervenção Urbana (PIU), na região da Vila Leopoldina, que promoveria a revitalização da área e a construção de moradias populares. Entretanto, por enquanto a proposta ainda não saiu do papel. O projeto prevê a remoção destas favelas, o reassentamento das famílias na mesma região e a reforma do Conjunto Habitacional Cingapura Madeirite. O PIU é um instrumento relativamente novo na cidade, surgiu em 2014 com o último plano diretor, e permite que empresas privadas proponham planos urbanísticos à Prefeitura.

A Votorantim, que é dona de mais da metade do terreno ocupado, elaborou o projeto e o apresentou à administração municipal. Logo em seguida, o documento foi transformado em proposta de Projeto de Lei pelo executivo, que foi votado em primeira instância em outubro de 2021 e aprovado na sequência por 43 votos a favor e um contra. Desde então, a proposta nunca retornou à pauta da Câmara Municipal de São Paulo e, por isso, não pode sair do papel. No total, seriam beneficiadas pelo PIU, na Vila Leopoldina, mais de 1,2 mil famílias que vivem atualmente em situação vulnerável. Os 71 anos, Dona Maria relatou à reportagem da Jovem Pan News que vivem em condições precárias e que espera a conclusão do projeto.

“A gente tem que esperar com paciência, mas eu gostaria de já estar no meu cantinho… Se fosse para mudar amanhã, para mim já era bom”, desabafa a moradora. O líder comunitário Carlos Alberto Beiral fala dos problemas da situação atual e do futuro das famílias que moram ali: “O PIU Leopoldina é um projeto de envergadura tão grande, vai trazer benefício para o bairro inteiro. É imensurável, não tem como dimensionar o que vai trazer de melhoria esse projeto que vai servir de exemplo pra cidade inteira. Estamos aqui na comunidade, nessa precariedade, falta de infraestrutura, saneamento básico, energia precária, falta de ventilação e circulação de ar na comunidade e muito precária, barracos correndo risco de incêndio… Então, a gente pede a sensibilidade dos nobres vereadores e o presidente da Câmara Municipal para que se ponham no nosso lugar. Deixa um pouco a Zona Sul e venham para a Zona Oeste”.

“Ninguém vai ser expulso e tirado de sua moradia antes da casa estar pronta. Primeiramente, constrói a casa, o apartamento do cidadão, entrega a chave, eu mudo pro meu apartamento novo e eles vem e desmancham a o meu barraco na comunidade e essa rua volta a ser uma rua. Então, a gente tem expectativa e ansiedade para que isso aconteça o mais rápido possível. Porque não dá mais para ficar do jeito que está”, exige o morador. Em nota, o presidente da Câmara Municipal, Milton Leite, disse que o projeto ainda não foi votado em segundo turno porque o texto final ainda está em fase de ajustes e que todo o projeto passa por adequações e melhorias durante sua tramitação no legislativo.


Fonte: jovempan

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