Na manhã deste sábado, 4, morreu, em São Paulo, aos 73 anos, o cartunista Paulo Caruso. A causa da morte não foi divulgada até a publicação deste texto. Considerado um dos chargistas e caricaturistas mais importantes do Brasil, ele estava internado no Hospital Nove de Julho. Ainda não há informações sobre velório, sepultamento e onde serão prestadas as últimas homenagens ao artista. Irmão gêmeo do também cartunista Chico Caruso, pai do cineasta Paulinho Caruso e tio do humorista Fernando Caruso, Paulo José Hespanha Caruso nasceu em 6 de dezembro de 1949, em São Paulo. Entre 1969 e 1976, cursou arquitetura na USP, mas nunca exerceu a profissão. O lendário cartunista iniciou-se profissionalmente no “Diário Popular” no final da década de 1960, tendo colaborado nos jornais “Folha de S.Paulo” e “Movimento”. Daí em diante, passou por diversos veículos de comunicação como “O Pasquim” e as revistas “Careta”, “Senhor” e “Istoé”, onde passou a assinar a charge da semana com o título “Avenida Brasil”, sempre publicada na última página da revista, que tratava principalmente de aspectos da política brasileira. Conhecido pelos seus cartuns políticos, Paulo se consagrou por fazer caricaturas ao vivo no programa Roda Viva, da TV Cultura, onde atuava desde 1987. Atualmente ele também publicava suas charges na “Revista Época”.
O artista recebeu vários prêmios, como o de melhor desenhista pela Associação Paulista dos Críticos de Arte – APCA, em 1994. Entre os diversos livros publicados, destaca-se “As Origens do Capitão Bandeira” (1983) e outros com cenas irônicas que acompanham a história política brasileira, como “Ecos do Ipiranga” (1984) e “Bar Brasil na Nova República” (1986). Além de “São Paulo por Paulo Caruso – Um Olhar Bem-Humorado sobre Esta Cidade” (2004), em homenagem aos 450 anos da metrópole.
Caruso também dedicou-se à composição musical e à produção de espetáculos de música e teatro. Em 1985, durante o Salão Internacional de Humor de Piracicaba, formou com seu irmão e outros cartunistas a “Muda Brasil Tancredo Jazz Band”. Luís Fernando Veríssimo, Cláudio Paiva e Mariano juntaram-se mais tarde ao conjunto. Nos anos 2000, lançou o álbum “Pra Seu Governo”, com uma seleção musical de suas composições apresentadas pelo “Conjunto Nacional”, sua nova banda, onde tocava piano ao lado de Aroeira e Veríssimo nos saxofones e Chico Caruso no vocal.
Fonte: jovempan
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