21 de Novembro de 2024

Mulheres e crianças representam cerca de 70% das mortes em Gaza, segundo a ONU


EFE/ Exército de Israel

Entre novembro de 2023 e abril de 2024, a ONU revelou que mulheres e crianças foram responsáveis por quase 70% das mortes na Faixa de Gaza. O relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos expõe graves violações do direito internacional durante o conflito entre Israel e Hamas, sugerindo que tais ações podem ser classificadas como crimes de guerra e genocídio. A organização internacional criticou o elevado número de civis mortos, atribuindo essa tragédia ao uso de armamentos em áreas densamente povoadas. O estudo identificou 8.119 casos entre mais de 34.500 mortes documentadas, com 44% das vítimas sendo crianças e adolescentes e 26% mulheres.

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A análise revelou que 80% das fatalidades ocorreram em edifícios residenciais. O Ministério da Saúde de Gaza reportou um total de mais de 43.500 mortos nos últimos 13 meses, com crianças representando um terço desse total. Volker Turk, Alto Comissário para os Direitos Humanos, criticou a violação dos princípios do direito internacional humanitário, que exigem a diferenciação entre civis e combatentes, além da proporcionalidade nos ataques. Ele enfatizou a necessidade de responsabilização por essas graves infrações.

A ONU também observou que os grupos armados palestinos utilizaram armamentos de forma indiscriminada, o que contribuiu para o aumento do número de vítimas, enquanto o Exército israelense destruiu a infraestrutura civil. A situação no norte de Gaza é alarmante, com a população enfrentando riscos iminentes de morte devido a doenças, fome e bombardeios. Catherine Russell, chefe do Unicef, denunciou os ataques indiscriminados contra civis, enquanto Jan Egeland, do Conselho Norueguês para Refugiados, destacou a devastação em Gaza, ressaltando que mulheres e crianças estão sofrendo as consequências mais severas do conflito.

A ofensiva militar de Israel foi desencadeada após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou em 1.200 mortes em território israelense. As Forças Armadas de Israel afirmaram que suas ações continuarão a seguir os preceitos do direito internacional, mesmo diante da crescente pressão internacional e das críticas sobre a situação humanitária em Gaza.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias


Fonte: jovempan

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