Um estudo inédito feito pela Fundação Cabral e pela Page Executive mostrou que mulheres e pessoas negras representam uma em cada 10 posições de CEO no Brasil, o que concentra 90% dos cargos de liderança na mão de homens brancos. Para o diretor da Fundação Cabral, Paul Ferreira, o resultado da pesquisa mostra a falta de diversidade nas organizações. “Quando a gente olha para a representação feminina na posição de CEO, a gente está em volta de 8%, acho que a média, se a gente fosse analisar as empresas aqui no Brasil em geral, seria em volta de 15%. Se a gente for extrapolar para o que está acontecendo em outros países, a média de outros países está em volta de 24 a 25%. Acho que há uma diferença, existe uma disparidade”, afirmou. Para ele, as mudanças não avançam na velocidade que deveriam e quando olhamos para a questão de etnia a situação se torna ainda mais complicada.
“Quando a gente fala de diversidade, olha obviamente para essa questão de representatividade, olhar para diferentes versões de gênero e raça, mas acho que há uma dimensão da diversidade que é muito esquecida, que é a questão da desigualdade social. Quando a gente olha para todos os indicadores, a questão da desigualdade social tem mais influência ainda na questão de representatividade em cargos de alta liderança. Então, obviamente que para reduzir a desigualdade social, um dos principais instrumentos é a educação. Obviamente que quanto mais a gente melhora a educação nos primeiros anos, para as crianças, maior as chances de mudar o cenário atual”, pontuou. Os dados obtidos foram coletados por meio de formulário de pesquisa aplicado no segundo trimestre de 2021, com 149 CEOs ativos de empresas brasileiras de diversos setores da economia, como indústria, engenharia e arquitetura, agronegócio, transporte e alimentos.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
Fonte: jovempan
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