28 de Setembro de 2024

Na região de Bauru, diabetes causou 190 amputações de pacientes em 2021


Quando uma pessoa apresenta um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, que é alteração da glicose no sangue em decorrência de uma deficiência na produção ou na ação da insulina, ela é diagnosticada com diabetes. A doença acomete um em cada nove brasileiros que têm entre 20 a 79 anos e, na região de Bauru, de janeiro a setembro deste ano, casos graves levaram 190 pacientes à amputação de membros, contra 203 em 2020 inteiro, segundo o DataSUS. Para chamar a atenção sobre a patologia, foi celebrado, no último domingo (14), o Dia Mundial do Diabetes. Porém, as ações que visam promover a conscientização são realizadas em todo o mês, também chamado de Novembro Azul.

De acordo com Thaís Picelli Pescarolo, médica da linha de cuidados em diabetes do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) Bauru, a doença atinge uma proporção epidêmica mundialmente, considerando que aproximadamente 463 milhões de pessoas no mundo são portadoras dela, sendo 90% acometidas pela Tipo 2 e 10% pela Tipo 1.

"As causas podem ser genéticas, biológicas ou até ambientais. Hoje em dia, convivemos em um ambiente muito mais obesogênico, onde as pessoas não se preocupam tanto com a vida saudável, em ter uma dieta, ou seja, um ambiente que pode trazer o diabetes para a vida de uma pessoa", explica.

Quando os níveis de açúcar no sangue ficam muito elevados por um longo período, são associados com complicações que, ao longo prazo, são crônicas, afetando a visão, coração, circulação, função renal, circulação periférica, aumentando a morbidade, redução da qualidade de vida e, consequentemente, à elevação da taxa de mortalidade dos pacientes.

"A glicemia alta também acaba lesando dentro do nosso vaso sanguíneo e nossas terminações nervosas também são afetadas. Nessas condições, o paciente começa a não sentir mais aquele membro, geralmente acometendo os pés e mãos, mas os pés são mais comuns. Esse paciente pode machucar aquele membro e não sentir, o que, muitas vezes, se não for cuidado com rapidez, pode gerar um quadro infeccioso. Por conta da doença, esse paciente que já tem uma dificuldade maior de cicatrização. Então, pode evoluir para amputação", detalha Pescarolo.

PREVENÇÃO

Para prevenir a doença, o método mais eficiente é manter um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada e realização de exercícios físicos regulares, além de evitar consumo de bebidas alcoólicas, controlar o estresse e não fumar, principalmente quando a pessoa tem predisposição à doença, segundo a médica. Inclusive, quando um paciente é diagnosticado, o primeiro passo do tratamento é manter esses hábitos.

Porém, o diagnóstico precoce continua sendo essencial para evitar o agravamento da patologia. Por isso, é necessário realizar exames periodicamente e estar atento aos sintomas (veja mais no quadro).

EPIDEMIA

Segundo a média, a Federação Internacional de Diabetes prevê que de 2019 até 2045 haverá um aumento de mais ou menos 51% no diagnóstico de diabetes. "Se hoje temos em torno de 463 milhões de pacientes com o diagnóstico no mundo, nós pularíamos para 700 milhões. "Ainda mais agora que o diagnóstico é ainda mais precoce. A idade dos pacientes está abreviando um pouco, muito provavelmente não somente pela hereditariedade, mas também pelo estilo de vida, já que as pessoas se importam menos com a qualidade da alimentação e manter hábitos saudáveis", finaliza Pescarolo.

AME terá ações de conscientização

Em celebração ao Dia Mundial do Diabete, de hoje (16) a 19 de novembro, das 9h às 11h, uma equipe multidisciplinar estará no AME Bauru passando orientações sobre a doença aos pacientes e dando dicas de dieta saudável. "Faremos testes de monofilamento no pé de pacientes já diagnosticados para saber se há risco de neuropatia, além de também abordar o aspecto emocional da doença, já que o diagnóstico proporciona muitas angústias aos pacientes. São ações que já fazem parte do nosso dia a dia, mas nós estaremos intensificando também para ampliar nosso alcance", conclui a médica Thaís Picelli Pescarolo.



Fonte: JC Net

Fonte: jcnet

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