O secretário especial de Cultura, Mario Frias, defendeu as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a necessidade de mudanças da Lei Rouanet. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta sexta-feira, 7, ele afirmou que as falas do mandatário acontecem após ataques. “Vamos deixar claro que o presidente foi atacado. Ele foi atacado pelo José de Abreu, pela senhora Ivete Sangalo puxando coro em um show. Então, não é de repente que surgem as manifestações. A gente já vem conversando sobre mudanças na lei para que possa cumprir os objetivos para fomentar a cultura”, disse o secretário, citando entre as mudanças o teto para destinação de recursos. A fala de Frias acontece após Bolsonaro falar, durante coletiva de imprensa após internação, que alguns artistas estariam chateados com ele pela limitação dos pagamentos. “Nós queremos a Lei Rouanet para atender aquele artista que está começando a carreira e não para figurões ou figuronas, como a querida Ivete Sangalo. Ela está chateada, José de Abreu está chateado porque acabou aquela teta deles, gorda, de pegar até R$ 10 milhões da Lei Rouanet”, disse na ocasião, causando a reação de diversos famosos, como Ingrid Guimarães, Luíza Sonza, MC Rebecca e o cantor Tico Santa Cruz.
Ainda sobre a declaração, Mario Frias afirmou que a intenção é fazer os valores “chegarem a quem precisa”. Ele citou que, nas últimas décadas, R$ 13 bilhões foram destinados pela lei, mas explicou que a secretaria não sabe se os recursos foram, de fato, investidos em cultura. “Tudo a serviço dos amigos do rei. Ao longo dos anos, vi muita gente dizer ‘não consegui recursos, apoio do governo para fazer meu disco, meu livro, meu filme’, porque era justamente o que acontecia. A lei serviu nas últimas décadas como recurso para fomentar o palanque político e ideológico. ‘Eu te dou dinheiro e você fala bem do meu governo'”, ressaltou Frias, que falou sobre as ameaças que recebe.
Fonte: jovempan
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