O grupo terrorista libanês Hezbollah lançou neste domingo (22) mais de 100 foguetes em direção a Israel. Segundo o Exército israelense, a maioria das peças de artilharia foram interceptadas na região de Haifa e Nazaré, no norte do país. Eles também informaram que os disparos foram feitos “em direção a áreas civis”, apontando para uma possível escalada após barragens anteriores terem sido direcionadas principalmente a alvos militares. “Milhares de civis foram atingidos por fogo em várias partes do norte de Israel. Eles passaram a noite e agora a manhã em abrigos antiaéreos. Hoje vimos fogo que foi mais profundo em Israel do que antes”, comentou o porta-voz do Exército Israelense, tenente-coronel Nadav Shoshani. Ao menos três pessoas ficaram feridas e carros e prédios foram incendiados em Kiryat Bialik, uma comunidade perto de Haifa. Um adolescente israelense morreu durante a madrugada, segundo as autoridades.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Hezbollah irá “entender a mensagem” após uma série de bombardeios israelenses contra posições da milícia xiita, além das explosões dos pagers e walkie-talkies, operação atribuída a Israel. “Nos últimos dias atingimos o Hezbollah com uma série de ataques que eles não imaginavam. Se eles não entenderam a mensagem, eu prometo que eles vão entender’, apontou Netanyahu. O primeiro-ministro apontou que o Exército de Israel está determinado a garantir o retorno dos cidadãos do norte de Israel que foram deslocados de áreas próximas da fronteira com o Líbano “Israel fará de tudo para restaurar a segurança”. “A sequência de ações da nova fase continuará até que nosso objetivo seja alcançado: o retorno seguro dos moradores do norte para suas casas”, disse ele em um comunicado na plataforma de mídia social X.
O Hezbollah afirmou que lançou dezenas de mísseis Fadi 1 e Fadi 2 – um novo tipo de arma que o grupo não havia usado antes – na base aérea de Ramat David, ao sudeste de Haifa, “em resposta aos repetidos ataques israelenses que atingiram várias regiões libanesas e levaram à morte de muitos civis mártires”. Os dois lados estão trocando ataques de forma mais intensa desde a explosão de pagers e walkie-talkies de integrantes do Hezbollah durante a semana, em uma operação atribuída a Tel-Aviv. As Forças de Defesa de Israel (FDI) apontam que 16 integrantes do Hezbollah morreram no bombardeio. O ministro da Saúde do Líbano, Firass Abiad, disse que o número de mortos subiu para 45 Outras 68 pessoas ficaram feridas e 15 foram hospitalizadas.
Este foi o ataque mais mortal a atingir a capital do Líbano desde a guerra entre Israel e Hezbollah em 2006. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que a ação desarticulou a cadeia de comando do Hezbollah e que Akil era responsável por um plano para invadir o território israelense. Akil estava na lista dos mais procurados dos Estados Unidos há anos, com uma recompensa de US$ 7 milhões por seu suposto papel no atentado à Embaixada dos EUA em Beirute em 1983 e na tomada de reféns americanos e alemães no Líbano durante a guerra civil nos anos 1980. Hezbollah e Israel trocam ataques desde o início da guerra entre Tel-Aviv e o grupo terrorista Hamas no dia 7 de outubro do ano passado.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Sarah Américo
Fonte: jovempan
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