Uma pesquisa mostrou que o número de usuários ativos da internet chegou a 4,88 bilhões, o que corresponde a 60,6% da população mundial. Os dados foram divulgados pela Organização Kepios e são referentes ao 2º trimestre de 2023. Em relação ao mesmo período de 2022, existe um crescimento de 3,7%. O psiquiatra e presidente do Instituto Ame Sua Mente, Rodrigo Bressan, destaca que, assim como as redes sociais, é preciso filtrar o tempo de uso e não se preocupar tanto com o que está nas redes. “Como essas coisas são muito voláteis e mudam, o nível de estresse fica muito alto. Não só para ser cancelado, mas para ser postado, visitado. O desafio de lidar com isso, todo mundo vai perdendo no começo”, explica Bressan.
À medida que as redes sociais vão crescendo, a população tende a seguir para um caminho de mais ansiedade. “Os pais de adolescentes ficam seguindo quase que online os filhos quando eles saem. A tecnologia permite isso e gera uma nova ansiedade. Porque eu consigo acompanhar meu filho aonde ele está. Se não fosse possível, eu não criaria essa expectativa”, diz Bressan. “Ficar fora (da internet) é impossível. Até porque a escola, o meio que a gente vive, para divulgar o meu trabalho musical preciso usar. Mas eu acho que está excessivo para todo mundo. As pessoas estão deixando de conversar próximo”, diz o professor Marco Nunes. “É difícil, porque é um atrativo muito grande. Ela sempre está querendo assistir e entrar, mas a gente tenta limitar e controlar o conteúdo”, afirma, Marcelo Farina, professor e pai.
Em meio ao crescimento das redes sociais, crescem também as possibilidades de negócios. Segundo Rafael Terra, o professor de MBA de Marketing Digital e Redes Sociais e especialista em tendências digitais, à medida que o alcance está maior, os investimentos das empresas tendem a ser maiores. “Costumo dizer que mídia social é mídia, e mídia sempre funciona melhor pagando. Com a alta adesão das redes sociais, você aumenta a concorrência. Você não consegue mostrar tudo para todos, cada vez menos alcance orgânico. As marcas têm a necessidade de pagar para seu conteúdo aparecer”, diz Terra.
Fonte: jovempan
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