O ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) Luis Rubiales negou, nesta segunda-feira (29), ter recebido dinheiro “de maneira irregular”, após prestar depoimento ante a juíza que investiga uma suposta corrupção e supostos contratos irregulares durante seu mandato. “O que mantenho e manterei sempre e estou convencido de que se acabará fazendo justiça, é que jamais recebi dinheiro de maneira irregular, jamais houve nenhuma licitação irregular”, afirmou Rubiales à imprensa em sua saída do tribunal de Majadahonda, perto de Madri. A magistrada o investiga pela “suposta comissão de um crime de administração desleal e outro crime de corrupção nos negócios”, informaram fontes judiciais. Entre os contratos sob suspeita estariam os relacionados à Super Copa da Espanha passar a ser disputada na Arábia Saudita e aos trabalhos de remodelação do estádio de La Cartuja em Sevilha.
O ex-cartola acrescentou ter trabalhado “com a máxima excelência e na busca da legalidade”. “Respondi a todas as perguntas que fizeram, e se tenho que voltar aqui, porque sua Senhoria assim o indica, aqui vou estar, colaborando. Sou o mais interessado em que tudo se esclareça”, afirmou à imprensa. O ex-presidente reiterou que a mudança da Super Copa da Espanha para a Arábia Saudita se deu porque era “a melhor oferta”. Rubiales negou ter cobrado comissões por isso e também negou que o ex-jogador de futebol Gerard Piqué, cuja empresa Kosmos intermediou a transação, pudesse tê-las recebido.
Além desse caso, Rubiales está à espera de que a Justiça espanhola defina uma data para seu julgamento pelo beijo forçado em Jenni Hermoso, no qual o Ministério Público solicitou dois anos e meio de prisão contra ele. O ex-presidente, que renunciou em setembro passado após o escândalo do beijo forçado na jogadora Jenni Hermoso na Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia. Rubiales é acusado de crime de agressão sexual, pelo beijo forçado em si, e outro de coação, por pressionar a atleta para que “justificasse e aprovasse o beijo” que recebeu “contra sua vontade”, segundo indicou o Ministério Fiscal em sua decisão, à qual a AFP teve acesso.
Fonte: jovempan
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