21 de Novembro de 2024

Obras gastará R$ 2 milhões em janeiro apenas para fechar buracos da chuva


"Queijo suíço". Não é a primeira vez, e tampouco será a última, que essa expressão é utilizada pelos bauruenses para descrever a situação da pavimentação das ruas da cidade. Principalmente nas regiões distantes do Centro e da Zona Sul. E o problema se agrava ainda mais em dias de chuvas fortes e contínuas, muito em função do asfalto velho. Alguns pontos da cidade possuem mais de 30 anos de existência.

Se por um lado, os moradores reclamam de desplacamentos de camadas de asfalto, de buracos em calçadas e pneus furados por conta dessas aberturas, a prefeitura, por meio da Secretaria de Obras, diz que já gastou, em parceria com o Departamento de Água e Esgoto (DAE), numa força-tarefa de "tapa-buraco", cerca de R$ 2 milhões nos últimos 30 dias e prevê gastar R$ 2 milhões ou até mais em janeiro.

Nessa conta de recuperação de estragos de buracos, onde prioritariamente entram os que foram abertos pela força das enxurradas, estão mão de obra, material e equipamentos. A Prefeitura não tem, porém, um levantamento da quantidade de buracos na cidade, mas afirma que mais de 50% dos buracos são de competência do DAE.

Um dos bairros que tiveram asfalto mais destruído pelas chuvas foi o Vânia Maria. Nas ruas Francisco do Rego Carranca, quadra 3, a rua Manoel Rodrigues Pedroza, quadra 5, e o quarteirão 5 da José Costa Ribeiro tiveram boa parte do pavimento levada pela água.

Segundo Leandro Joaquim, secretário de Obras, a infraestrutura realizada no passado influencia diretamente nos estragos da chuva, devido à idade do asfalto não aguentar a força da água. Além disso, há problemas antigos de drenagem.

Ele cita como exemplo as partes altas da cidade, como o Jardim América e Jardim Europa, que foram implantados sem bocas de lobo. "A nossa intenção é fazer todo o recape, até porque o tapa-buraco é muito paliativo. Fizemos recentemente a pavimentação de 80 quadras, entre Bernardino de Campos, Getúlio e Rodrigues", recorda o secretário.

USINA

Ainda segundo ele, a prefeitura trabalha com sua usina de asfalto própria, produzindo 100 toneladas de massa asfáltica por dia. O suficiente para abastecer 10 caminhões.

No entanto, ele destaca que esse tipo de material só é possível ser feito em dias em que não há chuva. Uma empresa terceirizada contratada pela prefeitura fornece um reforço de massa, objetivando acelerar o tapa-buraco. No entanto, neste momento, encontra-se fechada devido ao recesso de final de ano. Parou no dia 20 de dezembro e retornará no dia 10 de janeiro.

Leandro Joaquim comenta também que recentemente houve uma licitação fracassada da Obras, onde o objetivo era contratar uma outra empresa que produziria 1.000 toneladas de massa e ainda aplicaria a pavimentação. "Devido ao valor que colocamos, a alta do dólar e do petróleo, não deu certo", frisa.

Questionado sobre o tamanho do impacto das chuvas no pavimento de Bauru, assunto de reclamação de diversos munícipes que procuram o JC, Leandro Joaquim destaca que "já viu coisa pior na cidade". Houve castigos pontuais, segundo ele, arrebentando asfalto que já era frágil e antigo.

Ele acrescenta que o perfil da chuva tem mudado muito e deveria ser objeto de estudo. "No passado não tínhamos isso, chuvas intensas com alta concentração de milímetros de água em espaços curtos de tempo e em áreas pequenas, mais concentradas da cidade. Somente na última terça-feira (28), como vocês (JC) noticiaram, caíram 2 bilhões de litros de água em Bauru. É muita coisa", comenta.

MAIS AFETADOS

Os bairros que estão no radar da prefeitura com o asfalto em situação mais precária são Jardim Ferraz, Vila Ipiranga, Vila Falcão, Jardim Bela Vista, Parque Vista Alegre e Parque São Geraldo. Isso em função pela longevidade do pavimento existente nestas regiões, segundo a secretaria.

"200 KM NA TERRA"

Leandro Joaquim cita ainda que a Secretaria de Obras possui dados da evolução dos asfaltos que foram sendo implantados em Bauru nas últimas décadas.

De acordo com ele, ainda restam 200 quilômetros de ruas de terra e 1.200 quilômetros de ruas asfaltadas.



Fonte: JC Net

Fonte: jcnet

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