O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se encontra em Nova York para discutir a intensificação da violência entre Israel e o Hezbollah. Recentes explosões de equipamentos eletrônicos, atribuídas a ações israelenses, e bombardeios de ambos os lados têm gerado preocupações. Representantes da ONU classificaram os ataques como “alarmantes”, enquanto a China solicitou uma investigação sobre os eventos. Rosemary DiCarlo, subsecretária-geral da ONU, destacou que os ataques infringem a resolução 1701, que estabeleceu um cessar-fogo em 2006, e a cessação das hostilidades. A escalada do conflito resultou no deslocamento de mais de 100 mil pessoas no Líbano e 60 mil no norte de Israel. Ela também mencionou que as trocas de tiros têm causado baixas, incluindo civis, e danos significativos à infraestrutura.
Volker Türk, alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, alertou que o uso de equipamentos de comunicação como armas representa uma nova fase no conflito e uma violação do direito internacional humanitário. Ele fez um apelo para que as operações militares que geram terror entre a população civil cessem imediatamente. O representante dos Estados Unidos, Robert Wood, enfatizou que uma nova guerra não é do interesse da região e que a única solução viável é uma resolução diplomática que permita o retorno seguro dos civis. Por sua vez, o representante da China, Fu Cong, reiterou a necessidade de uma investigação urgente sobre os ataques e criticou as ações militares israelenses.
O embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzia, condenou os recentes ataques e pediu um cessar-fogo em Gaza. A representante da Guiana no Conselho de Segurança também ressaltou que a paz duradoura não pode ser alcançada por meio da guerra, enfatizando a necessidade de diálogo. As explosões de pagers e walkie-talkies no Líbano resultaram em dezenas de mortos e milhares de feridos, colocando pressão sobre o sistema de saúde do país. Israel, por sua vez, bombardeou Beirute, alegando que o alvo era um comandante do Hezbollah. O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, acusou Israel de violar convenções internacionais, classificando as explosões como uma “declaração de guerra”. Israel indicou a intenção de deslocar parte de suas forças militares para a fronteira com o Líbano, mas o ministro da Defesa afirmou que essa movimentação só ocorreria em resposta a uma ação militar.
Fonte: jovempan
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