O Conselho de Segurança das Nações Unidas votará nesta quinta-feira (18), às 18h (horário de Brasília) uma resolução para admitir a Palestina como um Estado-membro de pleno direito da ONU, mas, neste momento, há incertezas sobre o processo. Os Estados Unidos deram a entender que vetarão a resolução, se necessário, mas fontes diplomáticas enfatizaram que Washington preferiria não ter que fazê-lo e, nas últimas horas, tem buscado o apoio de seis países que votariam contra a resolução ou, pelo menos, se absteriam. “Fomos muito claros ao afirmar que uma ação prematura em Nova York, mesmo com a melhor das intenções, não fará com que a Palestina seja reconhecida como um Estado”, declarou Vedant Padel, porta-voz do Departamento de Estado, em entrevista coletiva em Washington.
Na opinião do governo Joe Biden, segundo o porta-voz, a Palestina não cumpre as condições para ser considerada um Estado-membro da ONU. “O Hamas, uma organização terrorista, é quem está exercendo poder e influência” na Faixa de Gaza, um dos territórios palestinos, disse Padel. O porta-voz também comentou que, se a Palestina tiver permissão para ingressar no órgão internacional, os EUA “retirarão” seu financiamento. Os EUA são atualmente o maior contribuinte da ONU, doando mais de US$ 18 bilhões no ano passado.
Dos países que já tomaram a palavra, Rússia, China, Argélia, Malta, Eslovênia, Serra Leoa, Moçambique e Guiana se manifestaram claramente a favor de um Estado palestino. Reino Unido, França, Japão, Coreia, Equador e Reino Unido são mais ambíguos e podem se abster, enquanto não se sabe qual será a posição da Suíça. Para que uma resolução seja aprovada, são necessários nove votos e que nenhum dos cinco membros permanentes a vete.
Os países que não expressaram uma posição clara enfatizaram em todos os casos que são a favor da solução de dois Estados, mas essa também é a posição dos Estados Unidos, que sempre lembra que essa solução deve ser alcançada após negociações bilaterais entre Israel e Palestina. A resolução sobre o Estado palestino foi apresentada pela Argélia em nome do Grupo Árabe da ONU e atraiu o apoio unânime de países muçulmanos e não alinhados, além de alguns países europeus, como a Espanha.
Fonte: jovempan
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