A Operação Integration da Polícia Civil de Pernambuco, deflagrada na quarta-feira (4), cumpriu, até o momento, 10 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão. A operação segue com diligências em curso. A soma dos bens e valores em dinheiro apreendidos totaliza mais de R$ 150 milhões. Segundo a polícia, foram dezenas de imóveis, embarcações, aeronaves, veículos e objetos de valores.
“Só em um alvo, a gente encontrou 11 relógios da marca Rolex”, disse o delegado-geral Renato Rocha. Dentre os alvos da operação, estão grupos ligados a bets (sites de apostas esportivas, que são regulares), mas a investigação mira sites de jogos de azar, que são ilegais. Segundo as autoridades, a organização criminosa realiza lavagem de dinheiro por meio de empresas de eventos, publicidades, casas de câmbio e seguros.
Dentre as apreensões realizadas, foram contabilizados até o momento:
Dentre as pessoas presas estão a influenciadora digital e advogada Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Bezerra. Deolane fazia a divulgação da Esportes da Sorte, que também está sendo investigada. O dono da casa de apostas, Darwin Filho, deve se entregar a polícia ainda nesta quinta-feira (5), segundo seu advogado.
O empresário proprietário da VaideBet também está sendo investigado. José André da Rocha Neto também é dono de outras empresas, dentre elas a JMJ Participações, que comprou um avião que foi apreendido na operação policial. O avião estava em nome de uma empresa do cantor Gusttavo Lima, que afirma ter vendido a aeronave para JMJ. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirma a venda e afirma que o avião está em nome do artista sertanejo enquanto não é concluído o pagamento integral pela venda.
A defesa de Deolane Bezerra afirmou ser vítima de “grande injustiça” e disse que “as questões legais estão sendo tratadas com seriedade e transparência” Em nota, a Esportes da Sorte diz que, desde março de 2023, tem prestado todos os esclarecimentos necessários nos autos do inquérito policial em curso. A empresa de apostas online afirmou ainda que suas atividades de aposta de cotas fixas “cumprem rigorosamente a lei com excelência jurídico-regulatória, acompanhamento de auditoria independente e sistema de compliance”.
Segundo o site, houve “interpretação precipitada e equivocada dos fatos apurados, sem qualquer análise ou consideração dos argumentos já apresentados”. Tanto é assim, prossegue “que a autoridade policial não apreendeu qualquer objeto, documento ou equipamento na sede da empresa”. A Polícia Civil não informou se houve bens apreendidos nessa empresa.
Já a VaideBet informa que acompanha a operação da Polícia Civil e que se colocará plenamente à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos que forem solicitados quanto à atuação da empresa e de seus sócios. “A marca, no entanto, ressalta que recebeu com surpresa o cumprimento do mandado de busca e apreensão realizado nesta quarta-feira, uma vez que desde o ano passado se prontificou em contribuir com as investigações, tendo previamente indicado os endereços e contatos pertinentes”, disse, em nota.
“As atividades da empresa até aqui são pautadas pelo estrito cumprimento da legislação vigente e já estão adequadas à regulação do setor para 2025. Ainda no mês de agosto, o Grupo BPX, empresa detentora da marca VaideBet, deu entrada no requerimento da licença junto ao governo federal para obtenção da outorga para atuação regularizada no Brasil a partir do início do próximo ano”, acrescentou.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira
Fonte: jovempan
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