Pesquisadores identificaram a presença do opioide nitazeno em apreensões de drogas em São Paulo. Um estudo realizado por pesquisadores da USP e da Unicamp constatou que, entre julho de 2022 e abril de 2023, 95% das apreensões de opioides no Estado continham a substância. Segundo o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado, André Pereira, a droga é mais forte que a heroína e, por vir misturada a outras substâncias, o usuário pode não saber o que está consumindo. O nitazeno é de 500 a 1000 vezes mais potente do que a heroína, o que torna sua entrada no Brasil extremamente preocupante. A droga, misturada com outras substâncias, é difícil de identificar, aumentando o risco de overdose de forma avassaladora. Opioides são analgésicos usados para alívio da dor, mas precisam ser prescritos por um médico. Exemplos incluem fentanil, codeína, oxicodona e morfina. Sem orientação adequada, esses medicamentos podem levar ao vício.
Descoberto na década de 1950, o nitazeno nunca foi liberado pela Organização Mundial da Saúde devido ao seu alto potencial de overdose e dependência. Produzido em laboratórios ilegais, é misturado a outras substâncias. Para o delegado André Pereira, combater esse tipo de tráfico exige um trabalho conjunto das polícias e órgãos de fiscalização nos aeroportos e portos. Além disso, é crucial conscientizar a população sobre os efeitos das drogas, visando uma abordagem preventiva e não apenas repressiva. Nos Estados Unidos, a crise dos opioides mata mais de 200 pessoas por dia.
*Com informações do repórter Alvaro Nocera
Fonte: jovempan
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