O padre Marcelo Pérez, conhecido por sua defesa dos direitos humanos, foi assassinado a tiros em San Cristóbal de las Casas, Chiapas, neste domingo (20). Segundo informações das autoridades locais, o religioso já havia recebido ameaças devido ao seu ativismo. Após a celebração de uma missa, dois homens em uma motocicleta dispararam contra seu veículo, onde seu corpo foi posteriormente encontrado. A morte de Pérez gerou uma onda de condenações por parte de governos, da Igreja Católica e de diversas organizações de direitos humanos. A Conferência do Episcopado Mexicano lamentou o ocorrido, ressaltando que esse ato de violência silencia uma voz que se dedicava à luta pela paz e pela justiça na região. Rosa Icela Rodríguez, secretária de Governo, manifestou solidariedade e reafirmou o compromisso do governo em combater a impunidade.
O padre, que tinha origem indígena, foi um ativo coordenador de mobilizações comunitárias contra o tráfico de drogas. Em 2021, ele se destacou ao apoiar um levante armado em Pantelhó, onde atuou como mediador entre o governo e o grupo insurgente. Apesar de ter sido acusado de envolvimento em um sequestro, ele sempre negou as acusações, e organizações de direitos humanos denunciaram tentativas de criminalização de sua atuação. Nos últimos cinco anos, o México tem enfrentado um aumento alarmante na violência, resultando na morte de pelo menos nove religiosos. O assassinato de Pérez é um reflexo dessa situação crítica, que afeta não apenas líderes religiosos, mas também defensores dos direitos humanos em todo o país.
Fonte: jovempan
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