A morte do opositor russo Alexei Navalny, de 47 anos, nesta sexta-feira, 16, em uma prisão da Rússia no Ártico, provocou indignação da ONU (Organização das Nações Unidas), assim como das potências ocidentais e de países do antigo bloco comunista, que atribuíram a responsabilidade ao “regime russo”. Como o site da Jovem Pan mostrou, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse que a União Europeia considera o “regime russo é o único responsável”. “(Alexei) “lutou pelos valores da liberdade e da democracia. Por seus ideais, ele fez o sacrifício final”, disse Michel em publicação no X (antigo Twitter). “Os combatentes morrem, mas a luta pela liberdade nunca termina”, acrescentou.
Os Estados Unidos também adotaram discurso semelhante. O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, disse que a “Rússia é responsável” pela situação que levou à morte de Navalny, o que destaca “a fraqueza e a podridão no coração do sistema que [o presidente Vladimir] Putin construiu”. O chanceler francês, Stéphane Séjourné, afirmou que Navalny foi vítima de “sua resistência a um sistema de opressão”, enquanto o presidente francês, Emmanuel Macron fez manifestação nas redes sociais. Na Rússia de hoje, colocamos espíritos livres no gulag e os condenamos à morte”, afirmou. Já o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH) declarou-se “indignado” com a morte de Navalny e pediu “o fim das perseguições” na Rússia, enquanto o Reino Unido falou em “imensa tragédia” e prestou homenagem à “coragem” do “mais feroz defensor da democracia na Rússia”.
O chefe do governo alemão, Olaf Scholz, disse que o líder opositor “pagou com a vida pela sua valentia”, ao prestar condolências e o presidente espanhol Pedro Sánchez exige esclarecimentos sobre a morte. Outros países do bloco europeu também se manifestaram. Para a Polônia, o presidente russo é “o responsável” pela morte do opositor. “Navalny foi colocado na prisão, onde permaneceu em condições terríveis. Vladimir Putin é responsável por tudo isso”, declarou o chefe da diplomacia polonesa, Radoslaw Sikorski, à agência polonesa PAP. “Alexei, nunca esqueceremos você. E nunca os perdoaremos”, declarou o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk.
Em guerra contra Putin, a Ucrânia defendeu que o presidente russo “preste contas”. “É evidente para mim que [Navalny] foi assassinado como milhares de outros que foram torturados até a morte por causa de uma única pessoa, Putin, que não se importa com quem morre, desde que mantenha a sua posição”, disse o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky. O presidente da Letônia, Edgars Rinkevics, por sua vez, disse que Navalny “acaba de ser brutalmente assassinado pelo Kremlin, é um fato e é algo que deve ser conhecido sobre a verdadeira natureza do atual regime na Rússia”.
*Com informações da AFP
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