Durante uma missa realizada na Praça de São Pedro, o papa Francisco anunciou a canonização de José Allamano, um italiano que viveu entre 1851 e 1926. Allamano, que é o fundador da congregação dos Missionários da Consolata, foi reconhecido por um milagre que ocorreu na Amazônia brasileira. O evento milagroso remonta a 1996, em Roraima, onde um indígena Yanomami chamado Sorino sofreu um grave ferimento na cabeça após ser atacado por uma onça. A recuperação de Sorino foi atribuída à intercessão de Allamano, que foi invocado pelos missionários da Consolata. Após ser operado, o indígena conseguiu retornar à sua comunidade. O processo para a análise do milagre começou em março de 2021 e foi finalizado pelo Dicastério para as Causas dos Santos em maio deste ano, culminando na canonização.
Além de reconhecer a vida e obra de Allamano, o papa Francisco aproveitou a ocasião para fazer um apelo às autoridades, enfatizando a importância da proteção dos direitos dos povos indígenas. Essa mensagem é especialmente relevante em um contexto onde as comunidades indígenas enfrentam sérios desafios. No início do ano passado, o governo federal declarou emergência de saúde na Terra Yanomami, em resposta a surtos de malária e desnutrição.
Um ano depois, a administração de Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que as medidas tomadas até então não foram suficientes e destinou mais R$ 1 bilhão para ações emergenciais na região. A Terra Yanomami também lida com problemas graves relacionados ao garimpo ilegal, que não apenas contamina os rios, mas também gera conflitos armados.
Fonte: jovempan
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