23 de Novembro de 2024

Papa reza pelo Brasil e pede que Nossa Senhora livre o país do ‘ódio, intolerância e violência’


Vincenzo PINTO / AFP

O papa Francisco manou uma mensagem para os brasileiros durante a saudação a peregrinos na audiência geral na Praça São Pedro, no Vaticano, realizada nesta quarta-feira, 26. “Rezo para Nossa Senhora Aparecida para que proteja o querido povo brasileiro e o liberte “do ódio, da intolerância e da violência”, afirmou o líder da Igreja Católica ao saudar em português os peregrinos presentes. Apesar de não ter falado diretamente sobre as eleições no Brasil, marcada para domingo, 30, as palavras do papa chegam na reta final da campanha do segundo turno, em que o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), enfrenta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vem em um momento em que a fé tem sido utilizada como pauta política. As eleições brasileiras têm sido marcadas por um clima de tensão e acusações, inclusive com o registro de episódios de violência entre eleitores. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) alertou para o aumento da intolerância. Além de mandar uma mensagem para o Brasil, o pontífice também tratou de outros temas, como a  beatificação de Benigna Cardoso da Silva, em que ele exaltou o exemplo da “jovem mártir que, observando a palavra de Deus, manteve sua vida pura, difundindo sua dignidade”. 

Francisco também aproveitou o momento para fazer um apelo por uma paz duradoura na Ucrânia, um dia após Moscou considerar a possibilidade de mediação do Vaticano para solucionar o conflito iniciado pela invasão da Rússia ao território do país vizinho, em fevereiro deste ano. “Não nos esqueçamos de rezar, de continuar a rezar pela atormentada Ucrânia. Que o Senhor proteja esse povo e nos guie todos pelo caminho da paz duradoura”, disse o pontífice durante a audiência geral das quartas-feiras, realizada na Praça São Pedro. Na terça-feira, o porta-voz da presidência da Rússia, Dmitry Peskov, garantiu que o governo do país está disposto a discutir a situação no país vizinho “com os americanos, os franceses e com o pontífice”. O cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, afirmou à imprensa italiana que a possibilidade de que haja esse tipo de contato “é algo positivo”. “O fato de haver uma abertura deste tipo é obviamente uma abertura genérica, que terá então que levar em conta todos os aspectos, mas o fato de haver uma vontade de falar parece um sinal”, explicou o italiano.

Fonte: jovempan

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