Os parques da Água Branca, Villa-Lobos e Candido Portinari, todos na zona Oeste de São Paulo, foram concedidos à iniciativa privada nesta quinta, 31, após leilão realizado na Bolsa de Valores paulistana, a B3. O consórcio vencedor foi o Novos Parques Urbanos, que fez uma oferta de R$ 62,7 milhões e recebeu a concessão para explorar os espaços por 30 anos. A proposta segue, agora, para análise documental e habilitação técnica e, se aprovada, será declarada vencedora de forma definitiva. No edital, está previsto que não seja cobrado ingresso para os usuários do parque, e que sejam feitas reformas dos espaços e implementação de centros de visitantes com desenvolvimento de ações de educação ambiental. Os serviços de vigilância, limpeza e manutenção ficarão a cargo da concessionária, que poderá lucrar com a locação de espaços e a exploração de comércios internos como restaurantes e lanchonetes. O processo de concessão à iniciativa privada realizado pelo governo do Estado é similar ao que é feito pela administração municipal da capital paulista: até agora, os parques Ibirapuera, Trianon, Mário Covas, Eucaliptos, Jacintho Alberto, Jardim Felicidade, Lajeado e Faria Lima já foram negociados pela Prefeitura de São Paulo.
O Parque da Água Branca fica na Barra Funda e tem uma área de 160 mil m² com 70 edificações, como o Museu Geológico da USP (Mugeo). O local tem nascentes e há pontos em que animais vivem soltos. O edital prevê que áreas como o aquário sejam requalificadas, com a manutenção de características históricas do parque. Também deverão ser mantidos o espaço de leitura, a feira de produtos orgânicos e as atividades para a terceira idade. Já os parques Villa-Lobos e Candido Portinari, que são vizinhos e ficam em Alto de Pinheiros, têm 850 mil m² e 33 edifícios. A Novos Parques Urbanos deverá realizar melhorias para o impacto do viário e implantar serviços e atividades para cultura e lazer, além das requalificações de espaços.