O governo Bolsonaro não terá vida fácil para aprovar a PEC dos Precatórios no Senado. Parlamentares ouvidos pela Jovem Pan afirmam que a matéria só terá os votos necessários para ser aprovada se o texto da Câmara dos Deputados for alterado pelo líder governista na Casa, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), relator da proposta, que adia o pagamento de dívidas da União reconhecidas pela Justiça, altera a regra do teto de gastos e garante a viabilização do Auxílio Brasil. Por se tratar de uma emenda à Constituição, o Palácio do Planalto precisa do apoio de 49 parlamentares em duas votações. Lideranças, porém, estimam que pelo menos 31 senadores são contrários ao projeto, que será analisado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de seguir para votação no plenário.
Pelo menos seis partidos, que somam 29 senadores, já se manifestaram contra a proposta: PT (6), Podemos (9), PDT (3), Rede (2), PSDB (6) e Cidadania (3). Os dois primeiros fecharam questão contra a PEC. Na Câmara, cerca de 70% da bancada tucana votou com o governo Bolsonaro, mesmo após a cúpula do partido ter declarado oposição ao presidente da República. Em nota, o presidente nacional da sigla, Bruno Araújo, afirmou que “o PSDB no Senado será nossa trincheira na defesa de programas de transferência de renda que não gerem inflação”. “O PSDB não vai abrir mão do princípio da responsabilidade fiscal. Não vamos aprovar nada que possa gerar mais inflação. Não adianta insistir. Dá até para melhorar a proposta, porque R$ 400 não é mais nada, atualmente. O gás está R$ 100, R$ 8 o litro da gasolina, óleo, arroz, tudo caríssimo. Discordamos da fonte para custear o Auxílio Brasil. O texto será diferente, o Senado não é um cartório que só carimba as coisas”, disse à Jovem Pan o líder do partido na Casa, Izalci Lucas (DF).
Fonte: jovempan
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