19 de Setembro de 2024

Pesquisa aponta que 85% dos pets têm medo de fogos de artifício


Unsplash/Lars Millberg/Creative Commons

Em meio ao clima de Copa do Mundo, a comemoração muitas vezes inclui rojões e fogos de artifício espalhados pela cidade, que deixam gatos, cachorros e demais animais de estimação em pânico. Uma pesquisa inédita feita por um e-commerce de pets em 2022 revelou que quase 85% dos animais de estimação sofrem com o barulho intenso de rojões. Para iniciar essa discussão na sociedade, a marca lançou o movimento #ChegaDeFogos para circular imagens reais de cães afetados e notícias sobre o assunto em painéis públicos de São Paulo e do Rio de Janeiro. O grupo também reúne assinaturas para cobrar fiscalização e medidas mais rígidas. Em São Paulo, existe uma lei estadual que proíbe a comercialização e a queima de fogos de artifício com barulho de explosivos. Artefatos pirotécnicos apenas visuais, sem efeitos sonoros, podem ser utilizados. A lei está em vigor desde julho de 2021 e determina multa para quem descumprir a norma.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, desde que a lei foi regulamentada, em março deste ano, foram instaurados três procedimentos relacionados ao comércio e queima de fogos em desacordo com as normas legais. Em entrevista à Jovem Pan News, a coordenadora de Recursos Humanos Jéssica Scarance confessou o drama que vive com seu cão: “Acho que a primeira vez que ele ouviu fogos ele tinha uns 9 meses e foi bem perto de casa. Foi uma primeira experiência bem traumática para ele. Tem um espacinho específico na sala, do lado da porta, que ele ouve o primeiro barulho e já vai para lá e fica sentadinho com uma carinha bem de dó assim. Depende muito da intensidade, se o barulho vai aumentando, aí ele começa a ficar bem ofegante, começa a tremer bastante e não tem nada que a gente faça que faz ele sair daquele lugar. A gente chama e ele não vem e até se oferece comida e petisco ele não vem”.

É comum os pets sofrerem com fogos de artifício porque possuem a audição muito mais apurada que a nossa e porque o barulho é um elemento de ameaça desconhecido que o animal não sabe o que é e nem de onde vem. A veterinária Jade Petronilho explicou que o ideal é respeitar o animal, se ele quiser ficar mais recolhido, e que existem formas de amenizar o sofrimento: “Fazer ele [o pet] se sentir bem durante aquele momento, não deixar sozinho em casa de forma alguma e fazer um ambiente bem acolhedor, deixar ele quietinho em algum canto. Hoje em dia, existem vários produtos que a gente pode usar, desde florais, até ferormônios sintéticos e aminoácidos também, como o triptofano, que é um precursor da serotonina e causa bem estar nesses animais. Até mesmo remédios controlados que podem ser indicados pelo médico veterinário em casos mais extremos”. A especialista também descreveu quais os sintomas de casos mais graves: “Eles vão tremer, babar e tem animais que chegam a convulsionar dependendo do caso. Aí sim realmente precisa consultar um médico veterinário para saber como lidar com essa situação. Tem animais que sofrem acidantes por conta disso, tentando fugir ou brigando com outros animais. São esses os casos mais extremos”.


Fonte: jovempan

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