O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes tornou público o relatório com a perícia da Polícia Federal sobre o celular do coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. No documento, o delegado Fábio Shor diz que “a análise parcial dos dados armazenados no aparelho telefônico evidenciou que o investigado reuniu documentos com o objetivo de obter o suporte ‘jurídico e legal’ para a execução de um golpe de estado”.
“O investigado compilou estudos que tratam da atuação das forças armadas para ‘Garantia dos Poderes Constitucionais e GLO’. Os documentos tratam da possibilidade do emprego das forças armadas, em caráter excepcional, destinado a assegurar o funcionamento independente e harmônico dos Poderes da União, por meio de determinação do Presidente da República.”
Moraes justificou a decisão de suspender o sigilo do material ‘em face da divulgação parcial de vários trechos”, após reportagem da revista Veja trazer à tona partes das conversas. O ministro também determinou à PF que apure o vazamento dos documentos. Segundo Shor, a análise dos dados de mídia encontrados no celular de Cid não é exaustiva, “tendo em vista que a investigação ainda se encontra em curso e novos dados podem ser encontrados no material analisado ou em novas diligências”.