Peritos do Instituto Nacional de Criminalística da Diretoria Técnica Científica analisaram, na manhã deste sábado, 28, a viatura em que Genivaldo de Jesus Santos foi morto por asfixia, na quarta-feira, 25, após ter sido agredido por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e obrigado a respirar gás lacrimogêneo no porta-malas do veículo. O local onde o homem de 38 anos foi abordado, na cidade de Umbaúba, também foi periciado. De acordo com Fredson Vidal, delegado que chefia a investigação, foram encontrados vestígios da substância química no interior do carro. “Preliminarmente, o que eu posso dizer é que já foi realizada a perícia na viatura policial e foram localizados vestígios que apontam que realmente a substância química é compatível com aquele artefato utilizado pelos policiais, uma granada de gás lacrimogêneo”, disse.
A Polícia Federal (PF) instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias da morte de Genivaldo Santos. Na quinta-feira, 26, a PRF informou que afastou os agentes envolvidos na ocorrência. “A PRF instaurou processo disciplinar para elucidar os fatos e os agentes envolvidos foram afastados das atividades de policiamento”, disse a instituição em nota divulgada à imprensa. A perícia do Instituto Médico Legal (IML) constatou que Genivaldo morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda. Em um primeiro momento, a corporação disse que o homem “resistiu ativamente a abordagem” e que, “em razão da sua agressividade, foram empregados técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo para sua contenção”. A esposa da vítima, Maria Fabiana dos Santos contesta a versão das autoridades e afirma que imagens feitas por pessoas que estavam no local mostram que seu marido atendeu às ordens dos policiais e só moveu os braços bruscamente quando foi atingido por jatos de gás.