A PF (Polícia Federal) investiga uma quadrilha suspeita de ter comercializado ouro ilegal remetendo o minério para o exterior, e lavando o dinheiro fruto do crime. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em São Paulo, Santo André e em Balneário Camboriú-SC. Os investigados mantêm suas empresas responsáveis pelo esquema nestes municípios. No total, os agentes cumpriram cinco mandados judiciais. Durante a ação, os policiais apreenderam um total de R$ 2.123.800,00. Foram confiscadas quantidades de ouro (R$ 32.270) e prata (R$ 1.250), além de três automóveis: um Porsche Cayenne (R$ 587.500,00), um Porsche 911 Carrera (R$ 1.356.320,00) e um Volkswagen T-Cross TSI (R$ 146.460,00). Segundo a PF, a ação é um desdobramento da Operação Au92, executada em março de 2022 pela corporação no Amapá. Na ocasião, o objetivo era investigar o comércio ilegal de ouro e urânio. Na oportunidade, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão preventiva foram cumpridos nos estados do Amapá, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Norte e Tocantins.Foi então que a PF suspeitou da existência de uma quadrilha composta por empresas sediadas nos estados do cumprimento das buscas, que possivelmente adquirem o produto ilícito através de intermediários de compra e venda e, na sequência, nacionalizar o ouro e assim, enviá-lo para o exterior. O grupo teria adquirido ouro proveniente de países da África, especialmente Serra Leoa, e nacionalizá-los, dando uma falsa roupagem de legalidade à produtos de origem não declarada. De acordo com as investigações, o grupo teria movimentado toneladas de ouro e vinha armazenando esse minério em casas de custódia. Os suspeitos poderão responder pelos crimes de usurpação de bens da união, organização criminosa, receptação dolosa e lavagem de capitais. Em caso de condenação, poderão pegar uma pena de até 27 anos de reclusão, mais pagamento de multa.
Fonte: jovempan
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