A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou uma manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira, 18, e afirmou que o abriu uma investigação preliminar para apurar o ‘apagão de dados’ no sistema do Ministério da Saúde. A solicitação do inquérito foi realizado pelos deputados federais Alexandre Padilha, Bohn Gass, Gleisi Hoffmann e Reginaldo Lopes, do Partido dos Trabalhadores (PT) e o documento encaminhado obteve o aval do vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros. Nele, os parlamentares acusam o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de cometer os crimes de improbidade administrativa e prevaricação em decorrência da falta de informações da pasta após o ataque hacker sofrido no dia 10 de dezembro. Em seguida, notificações de mortes e casos de Covid-19 deixaram de ser informados pelo Ministério por dias. “Os fatos que estão sendo investigados no mencionado caderno apuratório — possível ataque cibernético nos bancos de dados do Ministério da Saúde — trarão reflexos e poderão redundar, ou não, no suposto cometimento dos delitos que os noticiantes ora atribuem ao atual Ministro da Saúde — quanto à omissão, em tese, dolosa e criminosa de dados”, assinou a PGR.