O procurador-geral da República, Augusto Aras, pede que o Supremo Tribunal Federal (STF) intime líderes da CPI da Covid-19 a prestarem esclarecimentos após denúncia do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, contra o presidente da comissão, senador Omar Aziz, e o relator da comissão, Renan Calheiros. O vereador afirma que os parlamentares cometeram crime de prevaricação e de abuso do poder durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e que o colegiado foi usado com fins políticos, para manchar a imagem do presidente da República. A queixa aponta ainda que a comissão deixou a apurar as possíveis irregularidades e desvios de recursos repassados pela União a Estados e municípios e, além disso, divulgou informações sigilosas, incluindo inquéritos do Supremo. Augusto Aras quer esclarecer como os senadores tiveram acesso às informações e de que maneira usaram trechos do inquérito que apura a organização de atos antidemocráticos contra o Congresso e o STF. As informações foram usadas para questionar durante depoimento do secretário especial de comunicação da presidência, Fábio Wajngarten, durante a CPI.
*Com informações do repórter Fernando Martins