O economista Adriano Pires enviou nesta segunda, 4, uma carta aberta ao ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, na qual explica porque decidiu declinar o convite para assumir a presidência da Petrobras. O presidente anterior da estatal, o general Joaquim da Silva e Luna, foi exonerado no dia 29 de março, em meio a um atrito com o presidente Jair Bolsonaro por causa do aumento no preço dos combustíveis. Na carta, Pires relata que a recusa foi motivada pela incapacidade de conciliar seu trabalho como consultor, do qual não conseguiria se desligar rapidamente, com a presidência da empresa.
“Ficou claro para mim que não poderia conciliar meu trabalho de consultor com o exercício da Presidência da Petrobras. Iniciei imediatamente os procedimentos para me desligar do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), consultoria que fundei há mais de 20 anos e hoje dirijo em sociedade com meu filho. Ao longo do processo, percebi que, infelizmente, não tenho condições de fazê-lo em tão pouco tempo”, justificou Pires sobre a decisão. Na carta, o economista ainda diz que segue defendendo o aumento da competição e as regras de mercado no setor petrolífero e deseja sucesso a Bolsonaro na gestão. Outro convite recusado para a Petrobras recentemente foi o de Rodolfo Landim, que rejeitou a oportunidade de assumir o Conselho de Direção da entidade no último sábado, 2, para focar no comando do Flamengo, clube do qual é presidente.