Por determinação do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), a Polícia Federal abriu um inquérito nesta quarta-feira, 10, e irá investigar a existência de uma possível organização que manipulava resultados esportivos. Segundo o chefe da pasta ministerial, a medida se baseia nos indícios de adulteração em competições de futebol que recentemente tiveram “repercussão interestadual e até internacional”. A decisão do político baseia-se na denúncia apresentada pelo Ministério Público de Goiás, a qual a equipe de reportagem da Jovem Pan teve acesso, e que baseou a Operação “Penalidade Máxima”. As investigações, conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-GO, indicam que os apostadores cooptava jogadores para combinar ações em campo e faturar com palpites em sites especializados. Em um dos casos, um dos investigados combinou com um atleta para que este cometesse uma falta e tomasse um cartão amarelo. Após a combinação, o apostador aplicava o dinheiro em um site de aposta com o palpite de que o jogador corrompido seria advertido com um cartão amarelo. Com a concretização do evento combinado, o apostador multiplicava o dinheiro aplicado e repassava parte dos lucros para os atletas. De acordo com informações apresentadas pelos investigadores, cerca de 100 atletas podem estar envolvidos. Destes 16 já foram denunciados pelo poder público.
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