A Polícia Civil do Distrito Federal identificou, nesta quarta-feira, 25, que um dos três corpos localizados em uma cisterna, na madrugada de terça-feira, 24, é de Ana Beatriz Marques de Oliveira, de 19 anos. A jovem era a última vítima desaparecida no caso do assassinato de uma família na capital. Com isso, a polícia confirmou que 10 pessoas da mesma família foram assassinadas. Além disso, um quarto suspeito por envolvimento no crime se entregou a polícia nesta tarde. Carlomam dos Santos Nogueira, de 26 anos, estava foragido e se apresentou na 30ª Delegacia de Polícia, em São Sebastião. Na sequência ele foi levado para a 6ª Delegacia de Polícia, no Paranoá, onde o caso é investigado. As investigações apontam que Carlomam conhecia as vítimas e pelo menos um dos outros suspeitos. Além dele, três homens já estavam presos por suspeita de participar da chacina: Horácio Carlos Ferreira Barbosa, de 49 anos, Gideon Batista de Menezes, de 55 anos, e Fabrício Silva Canhedo, de 34 anos. Na noite de terça-feira, um adolescente, de 17 anos, foi apreendido pela Polícia Militar, suspeito de envolvimento nos crimes. Segundo a corporação, ele confessou a participação. No entanto, como não havia situação de flagrante nem mandados válidos contra o adolescente, ele foi liberado. A Polícia Civil pediu à Justiça que determine a internação dele.
O caso começou quando Elizamar Silva desapareceu junto com os seus três filhos – Gabriel, de 7 anos, e os gêmeos Rafael e Rafaela, ambos de 6 anos – em 12 de janeiro. Ela era casada havia dez anos com Thiago Gabriel Belchior de Oliveira, filho de Marcos Antônio. Além disso, a moradora de Santa Maria, no DF, era mãe de um rapaz, de 24 anos, e de uma outra jovem, de 18 anos, que comunicaram a polícia sobre o desaparecimento da cabeleireira. De acordo com testemunhas, no dia em que Elizamar foi vista pela última vez, Thiago comentou que tinha brigado com a esposa, que teria saído com os três filhos.
No entanto, um dia depois, 13 de janeiro, o carro da cabeleireira foi localizado carbonizado, com quatro corpos dentro. Na tarde da última quinta-feira, 19, a polícia confirmou que os corpos são de Elizamar e dos três filhos. Já em 14 de janeiro as autoridades encontraram o carro de Marcos Antônio, também carbonizado, com outros dois corpos dentro. Na tarde desta terça-feira, as vítimas foram identificadas e são elas: Renata Juliene Belchior e de Gabriela Belchior de Oliveira.
O primeiro cadáver a ser reconhecido foi de Marcos Antônio. Na última quinta-feira, 19, a Polícia Civil confirmou que o sétimo corpo encontrado na quarta-feira, 18, também em Planaltina, era do sogro da cabeleireira. Marcos Antônio era apontado como um dos mandantes de assassinar toda a família. No entanto, o delegado Ricardo Viana, da 6ª Delegacia de Polícia, no Paranoá, que é responsável pelo caso, disse que essa hipótese perdeu força após a localização do corpo.
Já na madrugada desta terça-feira, outros três corpos foram encontrados em uma cisterna em Planaltina. No mesmo dia, a polícia confirmo que dois dos cadáveres eram de Thiago Gabriel Belchior e o outro era de Cláudia Regina Marques Oliveira, mãe de Ana Beatriz. Apenas nesta quarta o corpo da filha foi reconhecido.
Na última terça-feira, 17, três suspeitos foram presos por envolvimento no crime. São eles: Horácio Carlos Ferreira Barbosa, de 49 anos, Gideon Batista de Menezes, de 55 anos, e Fabrício Silva Canhedo, de 34 anos. Já na noite desta terça-feira um adolescente, de 17 anos, foi apreendido. No dia seguinte, nesta quarta-feira, 25, Carlomam dos Santos Nogueira, de 26 anos, que era considerado foragido por participação no crime, se entregou a polícia.
Após investigações, a Polícia Civil acredita que o crime foi motivado por dinheiro. Isso porque Elizamar tinha R$ 100 mil que conseguiu de um empréstimo para investir no salão de beleza que abriu na Asa Norte, em Brasília. Já Renata Juliene Belchior, de 52 anos, mãe de Thiago e esposa de Marcos Antônio, tinha R$ 400 mil, pela venda de uma casa em Santa Maria, no DF. Os investigadores descobriram ainda que a ex-esposa de Marcos Antônio, Cláudia Regina, também tinha vendido um imóvel, em dezembro do ano passado. O dinheiro das três mulheres seriam os alvos dos criminosos.
Fonte: jovempan
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