22 de Novembro de 2024

Policiais se reúnem com ministro da Justiça e manifestam insatisfação com promessas do governo


Divulgação/ADPF

Entidades que representam a Polícia Federal e outras forças de segurança pública da União se reuniram com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, nesta segunda-feira, 18, para discutir reestruturação de carreiras e reajuste de salários. A categoria contava com um aumento entre 16% e 20% para recompor perdas inflacionárias, mas o governo definiu um reajuste de 5% para todos os servidores públicos federais. “Os policiais levaram ao ministro o sentimento de surpresa e descontentamento das categorias com as notícias veiculadas em torno de um reajuste linear para todo o serviço público federal, passando a ideia de que a reestruturação das Polícias da União, que conta com previsão orçamentária suficiente, não seria sequer encaminhada ao Congresso Nacional”, disseram as organizações em nota divulgada após a reunião.

De acordo com as entidades, Torres informou que existe interesse do governo em trabalhar parcela da recomposição inflacionária para todo o serviço público federal. Ele disse, no entanto, que ainda não há uma decisão oficial. Além do ministro, também estavam presentes os deputados federais Sanderson (PL-RS), Aluísio Mendes (PSC-MA), Jorielson (PL-AP) e José Medeiros (PL-MT), que se comprometeram a conversar com o presidente Jair Bolsonaro (PL) para buscar uma solução definitiva. No comunicado, os representantes das forças de segurança afirmaram que o possível reajuste não impede a reestruturação das polícias. “Por fim, informam que defendem pleito histórico da necessidade de recomposição inflacionária constitucional, mas que, neste momento, trabalham pela efetiva reestruturação das Polícias da União e lembram que ela já foi concedida às demais carreiras federais em passado recente, criando distorções que merecem correção”, declararam.

As entidades afirmaram ainda que farão assembleias gerais extraordinárias para deliberar sobre as próximas medidas. A intenção é aumentar a mobilização para que a medida provisória da reestruturação das polícias seja assinada com urgência.”Protestos e paralisações não foram descartados diante do cenário que surgiu com a mudança de destinação do orçamento de 1,7 bi”, diz o comunicado. Assinam a nota a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Federação Nacional dos Policiais Federais (FENAPEF), Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (FENADEPOL), Federação Nacional dos Policiais Penais Federais do Brasil (Fenappf) e o Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (SINPECPF).

 


Fonte: jovempan

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