22 de Novembro de 2024

Policial Penal de São Paulo tem o pior salário das forças policias


Assembleia Legislativa de São Paulo/Imagem de Arquivo

Um relatório divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontou que os policiais penais são os servidores de segurança que têm a média salarial mais baixa, com destaque para os profissionais que atual em São Paulo, que apesar de cuidarem da maior parcela da população carcerária, têm um dos piores salários do Brasil. O estudo, intitulado “Raio-X das Forças de Segurança Pública do Brasil” revela que, em média, “um policial penal tem remuneração bruta similar à de um cabo da PM, que é o segundo dentre o quadro de cargos previstos na carreira dos praças, e ganha menos do que escrivães e investigadores da Polícia Civil, assim como menos do que um papiloscopista da Polícia Técnico Científica”.

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O presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo (SIFUSPESP), Fábio Jabá, critica essa descaso com os policiais penais. “A situação chegou ao ponto de, no ano passado, o governo deixar a Polícia Penal fora do anúncio de valorização das forças de segurança. Enquanto as polícias civil, científica e militar receberam reajuste médio de 20%, a penal recebeu de apenas 6%”, diz.

Jabá destaca que o em São Paulo, que detém o pior pagamento, o salário médio do Policial Penal de São Paulo é de R$6.979,62, segundo o levantamento do FBSP, R$ 1.091,36 a menos do que a média nacional (R$ 8.070,98). O Sindicato ressalta, no entanto, que os salários iniciais são muito inferiores à média apontada no no levantamento. “A realidade é que, no estado, o salário inicial do ASP é R$ 4.500 e o do AEVP é de R$ 3.500. Para ganhar R$ 6 mil, o ASP tem que estar na última categoria, com décadas de serviço. Em termos de salário inicial temos o terceiro pior do país”, comenta Jabá.

De acordo com o Raio-X do Fórum, São Paulo está entre as 10 unidades da federação que apresentaram remuneração bruta abaixo da média nacional, com o sexto pior salário médio do país, perdendo apenas para Amazonas (R$4.600,59), Espírito Santo (R$5.428,92), Pará (R$5.481,25), Tocantins (R$5.896,30) e Rondônia (R$6.565,52). Além dos problemas salariais os profisisonais que atual em São Paulo também sofrem com o deficit funcional, que ultrapassa 30% do efetivo. governo alega que ainda não abriu concurso público e não concedeu reajuste salarial à categoria porque a Polícia Penal ainda não foi regulamentada.

A promessa era de fazer a regulamentação nos primeiros 100 dias de mandato. “Apesar das cobranças feitas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao governo de São Paulo, a regulamentação ainda não saiu do papel. Enquanto isso, a situação se agrava com o crescimento dos motins e dos casos de agressões contra os servidores, que triplicaram no ano passado”, completa Jabá.


Fonte: jovempan

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