Os moradores querem asfalto e o mínimo de dignidade para poder entrar e sair de casa. E quando chove, a reclamação é de que as ruas de terra ficam com "fissuras" e sequer é possível guardar o carro na garagem, tendo que ficar na rua correndo risco de furto por diversas noites. Mas antes de colocar massa asfáltica, há obras de infraestrutura que precisam ser feitas no Parque Giansante, em Bauru.
O JC circulou pelas ruas do bairro, antes das chuvas torrenciais ocorridas nesta terça-feira (28), conversou com moradores e, segundo eles, a "força-tarefa" da prefeitura para colocar mais terra para cobrir os buracos é uma forma de "enxugar gelo" sem fim. Entretanto, segundo a Secretaria de Obras, este problema tem data para ser permanentemente resolvido (leia mais à frente).
Ariane de Souza reside há 3 anos com o marido Anderson e o filho Bernardo na quadra 2 da rua Alcides Domingues dos Santos. Segundo ela, as chuvas fortes no início de dezembro destruíram a rua, que é de terra, no entanto, ela reclama que a prefeitura levou cerca de 15 dias para consertar. "Basta uma chuva forte de 10 minutos para destruir a rua. Quando chove não dá para guardar o carro dentro de casa. Semana passada, antes de arrumarem a rua, caí numa erosão com ele aqui na frente de casa. Quebrou a parte da frente da lataria. Olha só o prejuízo", comenta.
DESGOSTO
De acordo com Mirian das Neves, que reside na quadra 2 da rua Dr. João Pedro Vitório Filho, dá desgosto morar no bairro. "São 12 anos que eu moro aqui e que este mesmo problema ocorre. A prefeitura vem, joga um monte de terra, o trator passa para lá e para cá, mas depois chove outra vez e tudo volta ao 'nosso normal'. Dá desgosto, dá vontade de ir embora. Esperamos, há muitos e muitos anos, que as soluções dos problemas, quem sabe em 2022, resolvam. A construção das galerias e o asfalto é o mínimo que a gente tem direito", comenta.
"JÁ TEM LICITAÇÃO"
Segundo o secretário de Obras, Leandro Joaquim, o local precisa passar por uma obra "bruta", contudo, já tem licitação pronta e empresa terceirizada definida para executar o serviço em pelo menos 70% do bairro, possivelmente com início em abril. Será a empresa J.Nassif - Locação de Máquinas e Engenharia.
"A subida no bairro é muito íngreme e precisa fazer a drenagem e já captar a água que virá da chuva tanto na tubulação do Giansante quanto no Isaura Pitta Garms. São necessárias 25 caixas de redução de velocidade de água. E depois tem que fazer a pavimentação. Há neste contexto uma emenda parlamentar do deputado (federal) Rodrigo Agostinho (PSB) de R$ 2,5 milhões e uma contrapartida da prefeitura de aproximadamente R$ 700 mil. Não conseguimos fazer antes porque o período chuvoso atrapalha", comentou Leandro Joaquim.
PROVISÓRIO
Até que a obra "bruta" citada pelo secretário seja iniciada, a Secretaria de Obras segue com o serviço provisório. Na última semana foi divulgado que a pasta enviou caminhões com terra para fazer a terraplanagem no Parque Giansante, além de outros bairros, como Aimorés, Rodrigueiro, Chácaras São João e Distrito IV.
Fonte: jcnet
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