Nesta segunda-feira, 18, o programa Pânico recebeu Felício Ramuth, pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSD. Disputando as eleições de 2022 com nomes de expressivas intenções de voto, como Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-prefeito de São José dos Campos afirmou confiar em seu plano de governo para conquistar o eleitorado. “Em uma eleição, tenho que praticar a boa política e levar boas propostas. Ao longo da campanha, se a população entender e acreditar nisso, a gente vai ter cumprido nosso papel”, disse. “A gente pode pautar políticas públicas e levar ideias. Pode até ser copiado por outros candidatos, o que queremos é tornar o nosso Estado melhor. Fiz em São José dos Campos e sei como fazer, nosso time pode fazer pelo Estado. Para nós, todo governo começa na campanha”, seguiu.
Nome escolhido pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, após o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) iniciar as tratativas para compor a chapa do ex-presidente Lula (PT), Ramuth criticou gestões anteriores na cidade do interior paulista, em especial as dos petistas Angela Guadagnin e Carlinhos Almeida. “É uma franquia de corrupção e poder. O prefeito é eleito e os projetos, colaboradores e fornecedores vêm de fora. Se não seguir, você sabe como acaba. A gente já viu muitas histórias por aí, histórias que acabaram nas páginas policiais. Qualquer cidade, se pegar uma turma que não tenha ética, com certeza vai desandar. São José tem um bom orçamento e a gente tem um grande time a serviço da cidade”, defendeu. Ele ainda diferenciou mandatos anteriores da política do PSD. “Defendemos políticas de eficiência do Estado. Privatização quando cabe é necessário, concessões, e ao mesmo tempo reconhecemos programas sociais. O próprio SUS como política pública é um exemplo para o mundo”, disse ao Pânico.
Ramuth deixou o PSDB, partido ao qual estava filiado desde 1993. Na entrevista, o candidato ao Palácio dos Bandeirantes disse que passou a discordar dos tucanos em razão das medidas de distanciamento social impostas em São Paulo durante a pandemia de Covid-19. “Eu defendia que os municípios tivessem autonomia. Setores perderam dinheiro como nunca, foi um desequilíbrio. Vida para mim era economia e saúde, tentar o equilíbrio. O Governo do Estado tem gente formada nas melhores universidades do mundo, mas muito distantes das pessoas. Fiz um artigo, defendia que cidades como São José dos Campos que mostrassem que tivesse potencial para tomar suas decisões pudessem fazê-lo e infelizmente não fui correspondido, acabei tendo muitos embates”, disse. “Depois, vieram as prévias e eu fui o único do diretório do Estado de São Paulo que apoiou o Eduardo Leite“, concluiu.