O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou nesta segunda, 6, a prévia de um plano de governo para o caso de Lula ser eleito novamente para a presidência da República em 2022. No documento, o partido demonstra ter uma intenção de conduzir a economia de forma diferente à maneira liberal que vinha ocorrendo durante o governo Bolsonaro, com a intenção de revogar o teto de gastos da União, aprovado em 2016 durante a gestão de Michel Temer e mantido por Bolsonaro. Segundo o PT, revogar o teto seria necessário para “recolocar os trabalhadores no orçamento”. O partido também se opõe às privatizações de empresas públicas, como a Eletrobras, cujo processo já está adiantado, dos Correios e da Petrobras. “A Petrobras será colocada de novo a serviço do povo brasileiro e não dos grandes acionistas estrangeiros, ampliando nossa capacidade de produzir os derivados de petróleo necessários para o povo brasileiro, expandindo a oferta de gás natural e a integração com a petroquímica, fertilizantes e biocombustíveis”, diz o plano, que ainda diz que o petróleo extraído do pré-sal “será novamente um passaporte para o futuro”.
Outro ponto que mostra a diferença no programa econômico é que o PT diz desejar o fim da reforma trabalhista, que considera ter acabado com direitos dos trabalhadores. “Defendemos a construção de uma nova legislação trabalhista, a partir da negociação tripartite, que proteja os trabalhadores, recomponha direitos, fortaleça os sindicatos sem a volta do imposto sindical, construa um novo sistema de negociação coletiva e dê especial atenção aos trabalhadores informais e de aplicativos”, sinaliza a legenda. O PT ainda informou que tentará realizar uma reforma tributária que simplifique o sistema de impostos do Brasil e, ao mesmo tempo, taxe grandes fortunas – nesse ponto, o governo Bolsonaro fez proposta parecida, mas que encontra dificuldades para avançar no Congresso.